Quarta, 29 de Outubro de 2025
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Quarta, 29 Outubro 2025 16:16

Ministro diz que primeira mina de cobre moderna angolana “é ato de visão estratégica”

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás angolano considerou hoje a inauguração da mina de cobre “Tetelo”, a primeira subterrânea em Angola, na província do Uíje, “um ato de visão estratégica”.

Diamantino Azevedo, que discursava na inauguração da mina de cobre “Tetelo”, referiu que, quando as reservas e a escala operacional o justificarem, o país vai avaliar a instalação, em território nacional, de capacidade de transformação e refinação do cobre.

O empreendimento, uma parceria chino-angolana, está localizado no município de Maquela do Zombo, província do Uíje, sendo a primeira mina deste minério criada após a independência do país, em 1975.

“O cobre aqui produzido, o concentrado de cobre, não está preparado para consumo local, então será exportado para, em sítios onde há os mecanismos próprios, serem transformados para produtos intermediários e finais”, referiu.

Em declarações à imprensa, Diamantino Azevedo avançou que, com a inauguração desta mina, outras empresas já estão a demonstrar interesse por esse mineral.

A mina “Tetelo”, um projeto desenvolvido pela empresa Shining Star Icarus (SSI), SU, Limited, com um investimento de 305 milhões de dólares (262,4 milhões de euros) tem vida útil estimada em 14 anos, com uma capacidade de processamento de 4.000 toneladas de minério por dia e produção diária de 300 toneladas de concentrado de cobre, com uma taxa de recuperação média de 92%.

O titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás referiu que, com a inauguração da mina, o país afirma “a sua soberania económica”.

“É Angola a entrar com autoridade na era dos minerais críticos do século XXI. É a prova de que não estamos apenas a recordar o passado, estamos a construir, com coragem, um futuro radiante para o nosso povo”, referiu.

Segundo Diamantino Azevedo, o projeto desenvolvido pela empresa Shining Star Icarus (SSI), SU, Limited – uma parceria entre a China’s Shining Star International Group e a Sociedade Mineira de Cobre de Angola – teve os primeiros trabalhos em 2008 e o estudo de viabilidade em 2018.

O governante angolano realçou que o cobre é hoje um dos metais mais estratégicos do planeta, indispensável para veículos elétricos, redes energéticas inteligentes, baterias, energia solar, mobilidade elétrica, centros de dados e indústria digital.

O ministro referiu que a prospeção e desenvolvimento de outros minerais importantes para a transição energética como o lítio, terras raras, fosfatos e nióbio estão em curso nas províncias do Namibe, Huambo, Cabinda e Huíla.

“Já não estamos apenas a participar, estamos a disputar uma posição de liderança estratégica. E fazemos isto com responsabilidade, previsibilidade e compromisso com o desenvolvimento nacional sustentável”, frisou.

Diamantino Azevedo destacou que apenas um terço da concessão está a ser desenvolvido, havendo ainda muito por prospetar.

Por sua vez, o presidente da comissão executiva da SSI, Yan Yu, referiu que pretendem que este projeto seja um modelo para o investimento estrangeiro no setor dos metais em Angola, atraindo mais capital e mais tecnologia, dinamizando a economia nacional.

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