Recuperado da malária que o obrigou a procurar ajuda médica na África do Sul e atrasou por alguns meses as suas ambições políticas, Abel Chivukuvuku regressa para animar o cenário partidário de Angola com uma nova formação política e a vontade de disputar as eleições autárquicas de 2020 e as gerais de 2022.
A formação política, cuja assembleia constituinte será realizada esta sexta-feira, com os documentos fundadores entregues logo a seguir no Tribunal Constitucional, surge no final de um processo de auscultação das populações em várias províncias do país, movimento social a que chamou de Por Angola Pronto para o Soar do Apito.
O nome do partido vai ser definido esta sexta-feira na assembleia constituinte, entre as hipóteses “Para Já” e “País Já”. À votação estará também a bandeira, havendo igualmente duas possibilidades à escolha, com as mesmas cores, azul, branco e laranja, engalanadas por 18 estrelas representando as províncias de Angola.
Recentemente, em declarações à Voz da América, Chivukuvuku falava de perseguição política e mostrava receios de que o seu novo partido possa vir a ser travado pelo Tribunal Constitucional: “Tenho noção de que vai ser duro neste momento, o Tribunal Constitucional e todos os marimbondos [vespas] que lá se encontram devem estar a engendrar já como me travar, mas, desta vez, os angolanos estão prontos para defender o projecto e tenho fé que não vão-me impedir”. PUBLICO