Na terça-feira, 29, o ministro de Estado da Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, revelou que o Governo vai avançar, ainda neste ano, com a construção do Centro Político Administrativo, na Praia do Bispo, em Luanda.
Nunes Júnior acrescentou que o projecto vai ser implementado sem recurso ao Orçamento do Estado, mas através de parcerias público-privadas (PPP), mas há quem não acredite que o Tesouro não vá pagar pelo empreendimento.
Abilio Kamalata Numa questiona a visão de governação de João Lourenço e afirma ser necesário olhar “para os verdadeiros problemas que o país vive”.
“Eu, presidente da UNITA, nunca vou aceitar este Bairro dos Ministérios porque temos outras prioridades para o país”, garante Numa.
Por seu lado, o general Pacavira Mendes de Carvalho “Paka”, na reserva, entende não ser prioridade a construção de um Centro Político Administrativo, uma vez que ainda existem angolanos a “morrerem de fome e por falta de água potável”.
Na quarta-feira, 31, no final da reunião do Conselho de Ministros, o titular do pasta da Construção e Obras Públicas afirmou a jornalistas que “pôr em causa o projecto é simplesmente desmobilizar as intenções já manifestadas de investimento do sector privado nacional e estrangeiro e descredibilizar o país”.
Tavares de Almeida acrescentou que o projecto não só vai garantir muito emprego aos jovens, como também vai mobilizar a indústria e o comércio internos, quer na sua fase de construção, quer na fase de operação. VOA