Sexta, 03 de Outubro de 2025
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Sexta, 03 Outubro 2025 09:21

‘É bom que a UNITA não veja no PRA-JA o adversário’ - Jardo Muekalia

Foi até Agosto deste ano uma das mais importantes figuras da UNITA, partido que representou nos Estados Unidos, onde teve acesso aos corredores do poder na maior potência do mundo. Numa fase como esta de eleições na organização fundada por Jonas Savimbi, o seu nome viria, indiscutivelmente, à baila.

Mas, nesta fase, Jardo Muekalia preferiu afastar-se daquele que ainda é considerado o maior partido da oposição no país para reforçar o PRA-JA Servir Angola, a sensação da política nacional. O político diz ter atendido a uma evolução da sociedade que considera, em alguns segmentos, ter evoluído mais do que os partidos políticos.

Uma vez mais estamos juntos, depois de alguns anos, mas só que em situações diferentes. A última vez falávamos sobre a UNITA. Hoje temos um outro Jardo Muekalia. O que aconteceu, de facto, para essa mudança?

Bom dia. É um prazer estar consigo outra vez. Sim, de facto, houve uma mudança. É muito simples. Não é segredo que fiquei na UNITA durante muito tempo, muitos anos. Ultimamente, remeti-me a uma certa inactividade política. E, quando decidi retomar a política, fiz uma leitura do país. Entendi que havia, por um lado, uma evolução da sociedade. Em certos aspectos, a sociedade parece ter evoluído mais do que os políticos.

Como assim? Pode discriminar?

Claro, temos uma sociedade muito jovem, um país, uma população jovem. O eleitorado acaba por ser cada vez mais jovem. Uma juventude que não se preocupa tanto com os fantasmas e as glórias do passado, dos tempos. Portanto, também achei que, neste quadro, seria bom encontrar uma forma de quebrar um bocado a bipolaridade. Acho ser positivo que se reforce uma terceira via no contexto da nossa política, porque acho que isso traz benefícios para a sociedade. O primeiro é oferecer uma alternativa viável aos eleitores. O segundo é o reforço da nossa democracia, do tecido democrático. E, por último, acho que o fortalecimento de uma terceira via vai gerar o que eu chamo de competitividade política positiva. Espero que seja uma competitividade política positiva. Então, por essas razões, achei aliciante o desafio de contribuir para o fortalecimento de uma terceira via. Mas estamos a falar de Jardo Muekalia, a pessoa que, pelo menos nas últimas eleições e noutras na UNITA, era apontada como uma hipotética ou candidata. Não estamos a falar de uma figura qualquer.

Isto não pesa muito nas suas costas?

Não pesa, porque o problema não é simplesmente ser ou não candidato. O problema é contribuir. Para mim, eu vejo Angola. Estou a olhar para Angola, estou a ver Angola e, neste quadro, não pesa em nada. Acho que é um contributo que faço para a sociedade, um contributo que faço para o país. Independentemente de ser ou não candidato de A ou de B.

O anúncio foi feito assim, de forma quase repentina. Ninguém esperava. É desta forma que esperava a sua reentrada na política, depois de algum tempo afastado da política activa, se podemos dizer?

Sim, porque não estou à espera aqui de fazer ondas. O que quero é trabalhar. Quero contribuir para o processo político nacional. Por tanto, sim, não estava à espera de fazer grandes ondas. Não é de meu interesse.

Mas certamente que leu e ouviu alguns pronunciamentos de antigos companheiros e seus. Com que impressão é que ficou? Para ser honesto, decidi não prestar muita atenção aos comentários.

Mas leu alguns?

Falaram de alguns comentários. E, seja como for, não estou muito preocupado com isso. Alguns foram positivos, outros foram negativos. Aliás, uma decisão destas, claro, irá atrair pontos de vista contraditórios. Portanto, haverá quem estará de acordo e quem não estará de acordo. É algo de esperar, algo que esperava. Eu diria prefiro estar na caravana que passa.

Teve o seu passado sempre ligado à UNITA, a familia ligada ao mesmo partido. Qual foi a opinião da familia e a posição que tiveram quando decidiu que seria este o passo a dar?

Sim, tenho família, tenho ami gos e fiz a vida durante um longo tempo na UNITA. Mas, em última análise, essas são decisões pessoais. No fundo, a democracia só faz sentido quando ela também inclui a liberdade de opção. Esta é uma decisão que fiz pessoalmente. Não quis arrastar nenhum dos meus familiares para isso, a não ser que um deles, também do ponto de vista pessoal, decida fazer esta decisão. Mas a minha de cisão é pessoal. Agora, é como tu do, também há familiares que me encorajaram, outros que acharam que não estiveram de acordo. Algo que eu aceito completamente.

Qual é a posição da esposa?

De acordo. Aliás, eu nunca faria uma decisão dessas sem consultar. Em última análise, tudo aquilo que eu sou, aquilo que consegui fazer na vida, foi sempre graças aos conselhos, ao trabalho, ao esforço e a estas decisões colectivas que tomamos. Portanto, sim, com a minha esposa estamos de acordo.

Falou um bocadinho da necessidade de não se bipolarizar a situação, mas sabemos que no nosso contexto político já existem várias forças políticas e o PRA-JA é das mais recentes. Acabou por ser legalizado há menos de um ano, se pudermos assim considerar.

Por que escolheu o PRA-JA Servir Angola?

Sim, o nosso tecido politico tem várias forças, é verdade. Mas, quando eu digo, lembra-se de que eu disse, acho positivo contribuir para o fortalecimento de uma terceira via que seja, de facto, dinâmica e visionária. Portanto, para mim, a diferença é que o PRA-JA é um partido que tem vocação de poder, com ambição de poder. Isto é o que interessa, porque, em última análise, nós precisamos alcançar o poder para nos servir dele como instrumento para as transformações sociais que gostaríamos de fazer. Esta visão de uma Angola mais abrangente, uma Angola capaz de abraçar todos os seus filhos, respeitar a diversidade politica e cultural, uma Angola que procura a integração regional. Portanto, é preciso usar o poder para se alcançar esses objectivos e não o poder em si só. Por isso, acho haver uma grande diferença entre o PRA-JÁ e outros.

Mal nasceu o PRA-JA Servir Angola e vai sendo vítima, já, de algumas insinuações. Sobretudo, vítima de sectores em que saíram alguns dos dirigentes do partido. E o que esteve na base foi o facto de, inicialmente, se ter dito que o PRA-JA ou será poder, ou fará parte do poder. O que pensa disto? Onde é que estão mais próximos: ser parte do poder ou ser poder?

O objectivo é ser poder. Portanto, fazer tudo no sentido de ser poder. Trabalhar com a juventude, melhorar a interação social, as elites políticas, as elites sociais. Portanto, é um trabalho que se tem de fazer porque, de facto, a vocação ser poder. Como disse, há uma visão, há um projecto social que gostaríamos de ter implementado neste país. E o poder é um meio para poder se implementar este projecto.

Qual é o ponto forte do PRA-JA, neste momento, do seu ponto de vista?

Eu acho, primeiro, o facto da novidade. Portanto, é uma força nova. Uma força que não está necessariamente presa à nossa história. A sua capacidade de interagir com a sociedade. Portanto, esta abertura que o PRA-IA tem, o potencial que ela tem para poder congregar os diferentes segmentos.

Aqueles que não se reveem numa ou noutra e, sobretudo, este segmento jovem que procura estar mais interessado no futuro e não necessariamente na revisão do passado.

Embora surja como uma terceira via, até podíamos usar o titulo do seu livro Angola, a Terceira Revolução para dizer que pretendem uma "terceira revolução". Será isso? Hoje parece que o PRA-JA entrou na linha de fogo de alguns partidos da oposição, incluindo dirigentes da própria UNITA? Não parece que vamos assistir mais um combate entre a própria oposição e não contra o MPLA?

Eu acho, primeiro, o facto da novidade. Portanto, é uma força nova. Uma força que não está necessariamente presa à nossa história. A sua capacidade de interagir com a sociedade. Portanto, está abertura que o PRA-IA tem, o potencial que ela tem para poder congregar os diferentes segmentos.

Aqueles que não se reveem numa ou noutra e, sobretudo, este segmento jovem que procura estar mais interessado no futuro e não necessariamente na revisão do passado.

Embora surja como uma terceira via, até podíamos usar o título do seu livro Angola, a Terceira Revolução para dizer que pretendem uma "terceira revolução". Será isso? Hoje parece que o PRA-JA entrou na linha de fogo de alguns partidos da oposição, incluindo dirigentes da própria UNITA? Não parece que vamos assistir mais um combate entre a própria oposição e não contra o MPLA?

Bom, há aqui duas questões importantes. A primeira é que é bom que a oposição, ou melhor, que neste caso está se a referir exatamente à UNITA. É bom que a UNITA não veja no PRA-JA o adversário.

Mas, por aquilo que tem visto agora, parece que se está a ver o PRA-JA como adversário. Há escritos e há opiniões de dirigentes, figuras de proa, como responsável da juventude da UNITA, que constantemente escreve o PRA-JA, e mais outros dirigentes da UNITA, incluindo da primeira linha, que o fazem. Como é que se tem encarado isso?

É desnecessário, para mim, por que, em última análise, o que nós estamos a fazer aqui, a ideia aqui, é transformarmos o quadro político que temos. O que estamos a querer fazer aqui é criar maior abertura nesta sociedade. Queremos atingir uma altura em que o Estado, ele próprio, será o garante e promotor da pluralidade social, não é isso? Portanto, em última análise, eu acho que é uma questão de melhorarmos a comunicação, melhorar a interação, porque, do meu ponto de vista, se prevalecer o bom senso, no ponto de chegada somos complementares.

Como é que avalia a situação politica hoje no pais?

Bom, eu acho que, primeiro, há necessidade de... Nós temos de mudar o paradigma, vamos dizer assim. Começar por mudar o paradigma.

Qual é o paradigma?

A política. Por um lado, a concepção que se tem do poder. O que é o poder? Para que é que se quer o poder? Há a tendência de se usar o poder como um fim em si. Mas temos de começar a ver o poder como um instrumento de transformação, um instrumento para servir à sociedade, para melhorar a vida das pessoas. Temos a necessidade de começarmos a focalizarmos mais no potencial humano, o que significa na construção, ou melhor, na promoção do nosso capital humano. Porque, em última análise, este é o capital que não se gasta, o melhor capital que se pode ter. E termos também maior coragem de conversar. Quer dizer, as diferentes forças politicas precisam de conversar um pouco mais, precisam de interagir mais. Porque, em ültima análise, temos um país que precisamos de construir. Que tipo de país queremos construir? Quais serão, assim, os elementos estruturantes dessa sociedade que nós precisamos de construir? Portanto, se há algo que vejo, é mais isso: um déficit de comunicação. 

E, por outro lado, também estarmos um bocado arraigados à ideia de que o poder serve simplesmente como um controle, um instrumento de controlo. Ele devia ser um instrumento para a realização da vida das pessoas.

Há falta de diálogo, em suma. Falta de diálogo. Como é que se podia desencadear esse diálogo? Diz-se que, a partir das instituições do Estado, há diálogo através do Parlamento.

Os líderes partidários de algumas organizações sentam-se, a nivel do Conselho da República, quando necessário. Os lideres politicos vão ao palácio quando têm que falar com o Presidente da República. Aliás, o líder do PRA-JA é uma das pessoas que disse que tem porta aberta, é um irmão, quando eu posso até vou lá. Que tipo de diálogo é que falta, afinal?

O que falo não é necessariamente esse diálogo institucional. Devia haver um diálogo anterior, um diálogo constante, que informe depois ao diálogo institucional. Portanto, refiro-me mais a diálogo entre as elites politicas. Aquela concertação. Cada um de nós somos um país que vem em um período de conflito. E, ao longo desse conflito, criaram-se mentalidades, percepções, receios e medos, uns com os outros. Era preciso termos este espaço de diálogo, que nos permita quebrar um bocado esses medos. Quebrar esses medos, quebrar esses receios, que é para depois fazermos da politica simplesmente um exercicio para melhorar o país. Não necessariamente um exercício ou escudo.

Ou escudo da protecção contra esses medos que se criaram ao longo do exercício do poder. Há quem diga que faltou, de facto, uma agenda de consenso ou um pacto que pudesse alinhavar estas linhas. Depois do conflito armado, Jardo Muekalia fazia par te da chamada Missão Externa da UNITA. Houve uma propota do MPLA para que se fizesse uma agenda de consenso. A ideia foi de que não era possível, não se deveria fazer, porque se pensava que os dirigentes que vinham das matas estavam a ser pressionados. Ressurgiu esta ideia agora.

Depois, com o engenheiro Adalberto da Costa Júnior, trazer, já nesta fase, a falar de um pacto de regime, num momento em que se pensava que o MPLA estivesse fragilizado. Afinal, o que é que faltou no passado e o que é que impede de haver hoje, nesta fase, uma linha em que estivessem alguns aspectos fulcrais em que todos se possam?

Portanto, o que faltou no passado, acho que é o que acabei de dizer. Estava, então, suspeitas, receios, medos aqui e acolá. Por isso é que digo que hoje, mais do que nunca, precisamos desse tipo de diálogo. Esta concertação sobre a agenda de consenso. A criação de balizas que permitam fazer com que, no quadro da alternância, os diferentes partidos que vão assumindo o poder podem ter, mais à esquerda, mais à direita, formas de realizar esse projeto, mas que tenham balizas que nos permitem ver ou definir a evolução ou o pais que queremos construir daqui a 15, 20, 30 anos.

Que tipo de balizas seriam essas?

Temos, por exemplo, o quadro das instituições do ponto de vista da nossa democracia. O que queremos fazer, por exemplo, não é? Que revisões se impõem, que revisão se impõe à Constituição para melhorarmos a participação da nossa democracia? Do ponto de vista econômico, que prioridades queremos estabelecer? Que remos ser uma potência petrolifera? Queremos ser uma potência agrícola? Queremos uma potencia turistica? O que é que queremos ser daqui a 20, 30 anos? E em função destas coisas, então, define se a tal chamada agenda de consenso, que daria a todos a garantia de que a alternância do poder não significaria necessariamente o fim da vida das pessoas, mas simplesmente o melhoramento da prestação da governação. Portanto, este tipo de entendimento, acho eu, que ajudaria a fazer de nós todos parte integrante do projecto, de nos revermos nesse projecto, e termos nessa altura a certeza de que a alternância não significa necessariamente o fim da vida das pessoas.

Há pontos comuns em que julga que os angolanos, independentemente da cor politica, se reve-em hoje?

Pelo menos há duas coisas que seriam importantes. Primeiro, somos todos angolanos. Nenhum de nós tem um outro país. Quando estamos fora disso, somos ou exilados, ou estamos... Enfim. Portanto, temos um pais. Agora, como não temos outro país, acho que devemos ter a coragem de enfrentar a necessidade de definirmos então que país é que temos. E depois, também, esse é um país rico, aqui há potencialidades que não sequer descobrimos ainda. Portanto, se nós tivermos a estabilidade suficiente e tivermos a governabilidade que nos permite de facto utilizar esses recursos em prol da nossa própria vida, em prol do nosso bem-estar, acho que será fácil encontrarmos consensos, será fácil encontrarmos um entendimento entre nós. Somos um país diverso. Precisamos também de saber respeitar a nossa diversidade, respeitar a nossa cultura e fazer com que as instituições do Estado encontrem, como é que se diz, deem forma, deem expressão a esta diversidade. E acho que, num ambiente destes, nós teríamos consensos que nos permitiriam fazer a vida com um pouco mais de paz.

O que é que mais nos divide hoje, sobre-tudo os politicos?

Eu acho que o que nos divide, primeiro, é o conceito de poder. Portanto, se nós deixarmos de ver o poder como um instrumento para a realização da nossa sociedade e, por outro lado, melhorarmos também o entendimento, a comunicação entre nós, então acho que entraríamos num período em que olhariamos para a eventual alternância do poder com naturalidade e não necessariamente com medo. Olhar para a alternância com naturalidade, olhar para a alternância como uma necessidade para a renovação, o rejuvenescimento das instituições que puder e a melhoria da sua prestação de serviço. Portanto, acho que esses seriam os dois aspectos que, do meu ponto de vista, seriam úteis para criarmos condições que permitam ultrapassar essas receias que os politicos têm.

Quando falava um bocadinho dos pontos que, se calhar, podiam constar numa agenda de consenso, falou da necessidade da revisão, olhando para a Constituição e ver o que é que se podia melhorar, mencionou as vantagens econòmicas e as nossas potencialidades.

Começaria pela questão da Constituição. Hoje, quando vê a Constituição da República de Angola, sente que há alguns aspectos que merecem, sim, uma atenção e melhoria?

Para mim, falando como cidadão angolano, acho que, primeiro, é a questão da eleição do Presidente. Acho que devemos alterar esse modelo de, como se diz, de cabeças de lista e termos uma eleição mais directa. O Presidente da República acaba por ser o garante da unidade nacional. Devia ser o árbitro, não é? Portanto, acho que faz todo o sentido que seja eleito de forma directa. Também acho que, ao nível do próprio Parlamento, de vemos estudar formas de evoluirmos para modelos que permitam a eleição directa dos representantes do povo. Portanto, o que penso que seria melhor nisso? Melhoraria a relação entre o representante e o eleitorado e faria com que houves se, quer dizer, haveria mais propensão da parte desses representantes de auscultar e procurar, de facto, resolver e responder às necessidades do eleitorado. E isso também ajudaria, acho eu, a reduzir a tutela que o Poder Executivo tem sobre o Legislativo. Porque os deputados, a Assembleia, passariam a ser mais, responderiam mais ao eleitorado do que, de facto, ao Poder Executivo. Este é o outro aspecto. E depois, há também a questão de aprimorarmos os instrumentos de descentralização ou melhor a institucionalização do poder autárquico, que me parece... Bom, isto é uma coisa que está em debate, mas era preciso, de facto, chegarmos até lá e implementar. Porque acho que isso também ajudaria. Um país como este não se governa a partir de um ponto central, quer dizer, é preciso descentralizar, é preciso dar mais voz e dar poder real às instituições locais, que é para ver se começamos a responder melhor às necessidades e permitir que haja a melhor viabilidade para o desenvolvimento económico.

Há pouco tempo disse que andou um pouco pelo país, esteve em Malange, no Zaire, Uige e outras províncias. O que é que viu e que sentimento lhe tocou mais?

Bom, a primeira coisa que me toca é a pobreza. A pobreza, sobre-tudo a um nível dos espaços rurais. A pobreza extrema. E depois, nos centros urbanos, o desemprego. Portanto, temos aqui pobreza, desemprego, e depois, quando dizia há pouco, a juventude. É uma população muito jovem. Portanto, acho que nós precisamos pensar com um pouco mais de urgência em formas de virar este quadro. E, do meu ponto de vista, isso inclui praticamente o quê? Aliás, já está no outro aspecto que me parece importante, que é a fome. Quase em quase todos os lados as pessoas falavam da fome. Pobreza, fome, desemprego. Temos de ver com um pouco mais de urgência como é que se vira este quadro. E acho que temos de prestar mais atenção à agricultura. A agricultura familiar passa depois para a agricultura industrial.

Isso permite a criação, ou melhor, a dinamização também da indústria da transformação. Olhamos para o setor agricola como a base, o fundamento da economia nacional.

Mas nunca se deu tanto dinheiro na agricultura como hoje. O que estará a falhar?

A forma. Está-se a dar a quem? Nós temos de encontrar formas de apoiar o agricultor, a agricultura familiar como tal. E depois

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