Domingo, 06 de Julho de 2025
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Num mundo em constante mutação, as relações bilaterais entre os Estados conhece circunstâncias de aproximação, distanciamento e reaproximação.

Quinta, 10 Abril 2014 10:34

Pax Angolana - Uma estranha celebração

Doze anos depois das armas se terem calado e  com duas eleições em cima, já começa a ficar difícil falar apenas em “ganhos da paz”, como se a intenção fosse lembrar ao cidadão a cada minuto que passa, qualquer coisa de extraordinário para relativizar dificuldades ou ampliar realizações.

Contra todas as expectativas de há 12 anos, Angola continua a viver um saudável ambiente de paz e de reconciliação; nem mesmo os atropelos aos direitos constitucionais que se têm verificado, quer de quem está no poder, quer de quem faz oposição, significam que o objectivo principal, o de construção de um Estado efectivamente democrático, seja apenas mera retórica política.

"Ao longo da história do nosso país, o conceito de paz esteve sempre associado à ausência de guerra. O calendário nacional consagrou como “Dia da Paz”, o dia em que os militares assinalaram o calar das armas por via de um Acordo de papel.

Apesar dos grandes investimentos feitos, não há ainda resultados que permitam dizer que o nosso sector da Saúde já não está doente.

É política? Ok! Tudo bem! Mas como pode um país avançar se até o Presidente da República é quem resolve os problemas das zungueiras?

O ministro das Relações Exteriores esteve a palmo de pisar o risco ao pretender reformar diplomatas com mais de 65 anos, sem olhar para as categorias, mas terá sido aconselhado pelos Serviços de Inteligência a mando do Presidente da República, no sentido de não avançar com o projecto, sobretudo, em relação aos embaixadores com cartas plenipotenciárias.

A actual cultura de Terrorismo de Estado, instigada pelo presidente José Eduardo dos Santos em Angola, com vista a manter intactos os interesses do Clã dos Santos na nossa terra, é um autêntico crime, que já deveria levar o velho Dos Santos a caminho da renúncia da presidência de Angola, se os líderes Angolanos, incluindo os do próprio MPLA, tivessem entendido que afinal Angola há muito se democratizou, pelo menos teoricamente falando.

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