Um grupo de cerca de quinze activistas reuniu-se ontem (15/09) no Largo da Maianga, em Luanda, no intuito de se deslocarem à Procuradoria Geral da República, para protestar contra a condenação na véspera a 6 anos de prisão efectiva, por rebelião e incitação à violência do defensor de Direitos Humanos Marcos Mavungo e exigir igualmente a libertação dos 16 activistas detidos desde 20 de Junho, acusados de tentativa de golpe de Estado e atentado contra o Presidente José Eduardo dos Santos.
Raúl Mandela, membro do Conselho Nacional dos Activistas de Angola, foi de novo espancado pela polícia, desmaiou e acordou no Hospital Maria Pia, com ferimentos na cabeça e quatro pontos de sutura.
Segundo ele, o seu espancamento deve-se ao facto de ele ter participado no sábado (12/09) no debate organizado pela Rádio Despertar, no qual criticou as forças de polícia e as autoridades de forma "contundente e muito radical".
Raúl Mandela pede ajuda à comunidade internacional, para realizar no estrangeiro os exames médicos de que necessita.
Raúl Mandela vai processar o comandante da Polícia nacional da Unidade da Ilha de Luanda, João Kiala, que orientou a prisão e o seu próprio espancamento.
RFI