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Terça, 20 Agosto 2024 12:02

Cimeira da SADC passou ao lado dos problemas internos dos membros - Analistas

A consultora Oxford Economics considerou hoje que a cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) passou ao lado dos problemas internos dos países do bloco, tendo centrado os trabalhos nos temas de comércio, segurança e política.

"A SADC continua a ser um fórum importante para os países da África Austral falarem de comércio, segurança e políticas, mas como se viu em Harare, os líderes não querem desafiar-se mutuamente sobre assuntos importantes", lê-se num comentário à reunião de sábado, onde aponta que "a desvalorização [dos problemas] em Essuatíni e Zimbabué é particularmente desapontante, mas nada surpreendente".

Poucas pessoas "estarão à espera que o bloco aborde assuntos difíceis, nomeadamente questões de integridade eleitoral e democracia", admite a Oxford Economics no comentário enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso.

A 44.ª cimeira de chefes de Estado e de governo da SADC teve a presença física de quase todos os líderes, e "os participantes optaram por mostrar solidariedade em vez de uma abordagem mais dura com alguns países".

Em causa estão as críticas aos processos eleitorais nestes dois países, sendo que no caso das eleições no Zimbabué a própria delegação de observadores da SADC escreveu que as eleições "ficaram aquém dos requisitos dos princípios e regras da SADC no que diz respeito a eleições democráticas".

Este ano sob o tema “promover a inovação para desbloquear oportunidades de crescimento económico sustentado e desenvolvimento rumo a uma SADC industrializada”, a cimeira é responsável pela orientação política geral e pelo controlo das funções da comunidade, sendo, em última análise, a instituição decisória da SADC.

Anualmente, o encontro junta chefes de Estado e de Governo dos 16 Estados-membros (Angola, Botsuana, Comores, República Democrática do Congo, Essuatíni, Lesoto, Madagáscar, Maláui, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Seicheles, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué) e líderes de organismos continentais e regionais na qualidade de observadores.

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