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Quinta, 17 Junho 2021 15:34

TCUL efectua despedimentos em massa de trabalhadores grevistas

Vários trabalhadores da empresa de Transportes Colectivos e Urbanos de Luanda (TCUL), que aderiram a greve no passado mês de Abril, começaram ser despedidos em massa, pela direcção da referida empresa, que considerou a greve ilegal.

De acordo com informações à Rádio Luanda, do sindicalista afecto a CG SILA, Domingos Palanga, os despedimentos já haviam sido denunciados publicamente.

Domingos Epalanga, voltou a acusar também a direcção da TCUL, de estar a inibir os mesmos trabalhadores da carta de despedimento, para que estes não tenham como provar diante das autoridades judiciais.

Trata-se de cerca de mil e quinhentos trabalhadores da empresa de Transportes Colectivos e Urbanos de Luanda (TCUL), que têm estado a apelar à intervenção das autoridades competentes, por considerarem violação de seus direitos o procedimento do Presidente do Conselho de Administração daquela transportadora.

Segundo uma denúncia enviada para a redacção do Angola24Horas, o PCA da TCUL, terá recrutado cerca de 380 pessoas para substituirem funcionários que no final de Abril passado, participaram da greve, exigindo melhores condições de trabalho e aumento de salários.

A fonte esclareceu que, quando aconteceu a greve, de formas a boicotarem a mesma, os dirigentes colocaram estes indivíduos a trabalharem com as viaturas e, desde que terminou a greve os trabalhadores "grevistas" só vão à empresa mas não lhes deixam trabalhar.

A 03 de Junho, o sindicalista, Domingos Epalanga, em declarações sobre os factos, disse que o PCA, em clara violação dos artigos 17, 22, 25 e 26 da Lei 33/ 91 Constitucionalmente consagrado lei da greve, decidiu aplicar processos disciplinares aos trabalhadores que legalmente protestaram, por uma causa que o próprio PCA se beneficiou também.

"O conteúdo caprichoso, completamente falso e injusto que o senhor PCA da empresa orientou que colocassem nas convocatórias, dão indicativos de que o senhor presidente pretende expulsar os cerca de 1,460 funcionários que participaram da greve, com maior incidência os motoristas e cobradores", avançou Epalanga.

O 1º secretário da CG, fez ainda saber que, na altura, havia uma mão de obra que considerava estranha, composta por cerca de 380 pessoas recrutadas pelo PCA, à margem das normas para substituirem os funcionários da TCUL que insatisfeitos paralisaram os serviços num período de aproximadamente uma semana.

Na ocasião, Domingos Epalanga afirmou que já houve um despedimento, estando na forja uma bateria de outros despedimentos, numa altura em que, cerca de 200 trabalhadores já tinha sido ouvidos pela direcção para além de outros 300 que haviam recebido a comunicação no âmbito do processo disciplinar.

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