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Terça, 12 Janeiro 2021 15:11

Cidadão de 55 anos esfaqueado 28 vezes por suposta amante de 17

Um cidadão, que atende pelo nome de Jacinto Keta Macanga, de 55 anos, foi brutalmente esfaqueado, com 28 golpes, pela sua suposta amante, de 17 anos, no interior da Hospedaria Pátio de Viana, também conhecida por Likizema, em Viana

A vítima encontrava-se, até ao fecho da presente edição, na noite de ontem, a ser assistida no Hospital do Capalanga, correndo risco de vida, onde teve de ser submetido a uma intervenção cirúrgica.

O director do hospital, Luís Domingos, disse que ele teve de ser imediatamente operado por causa dos ferimentos graves que atingiram o pulmão e o coração.

“O ferimento de maior gravidade estava localizado na região do pulmão e do coração”, frisou, em entrevista à Rádio Nacional de Angola.

O médico sublinhou que, mal o paciente deu entrada, tiveram de o encaminhar, de imediato, para o bloco operatório. Explicou que tiveram de fazer uma cirurgia que possibilitou a drenagem do sangue que estava a volta do coração e a sutura das feridas que se encontravam no pulmão esquerdo.

Antes da cirurgia, o paciente fez uma paragem cardiorrespiratória, mas foi reanimado. Porém, a luta para o manter vivo só estava a começar.

Durante a operação cirúrgica, voltou a ter outra paragem cardíaca, tendo sido reanimado. “Neste momento, ele está calmo. Encontra-se ainda entubado sob ventilação mecânica, até normalizar o seu parâmetro hemodinâmico”, frisou.

A recepcionista da hospedaria, que recebeu o casal por volta das 9 horas da manhã, contou que, minutos depois de se terem alojado no quarto, o aparente sinal de tranquilidade e cumplicidade que transpareciam foi substituído por gritos de desespero.

“Eles fizeram o pagamento e dirigiram-se ao quarto. De repente, minutos depois, começamos a ouvir gritos”, frisou, em entrevista à referida estação radiofónica.

Para aferir o que se estava a passar, os funcionários foram ao quarto de onde saiam os gritos, bateram a porta solicitando a adolescente para a abrir, mas não foram atendidas.

“Ela respondeu que estava tudo bem, enquanto o senhor gritava [contorcendo-se de dores]. Pretendíamos romper a porta, mas ela reafirmou que estava tudo bem”, disse.

Desconfiados de que lhes estava a ser escondido algo, um dos funcionários da pensão espreitou da janela e deparou-se com o corpo do homem ensanguentado. Julgou que tivesse morrido e accionaram a Polícia Nacional.

Os efectivos que se deslocaram ao local depararamse com o homem ainda com vida e o socorreram para o hospital do Capalanca.

Em declarações à RNA, a adolescente justificou que procedeu deste modo porque estava cansada de ser constantemente abusada sexualmente sob ameaças de morte.

“Ele violava-me e ameaçava que podia fazer mal à minha família. Ele me mostrava arma”, frisou. Explicou que, usualmente, depois de fazerem sexo, o cidadão lhe mandava ir para casa sem dar nada em troca. Ela desabafou que esta seria a 14.ª ou a 15.ª vez que praticariam sexo. “Já não estava a aguentar”, frisou.

Disse que levou para a hospedaria uma faca e um martelo e, no momento em que Jacinto tentou praticar o coito, ela surpreendeu com tais meios contundentes. “Ele estava a tentar. Foi quando eu peguei numa faca e o martelo que levei e começamos a lutar”, frisou.

Acrescentou de seguida que “estava com muita raiva. Não era a primeira vez. Não sei o que me deu. Só sei que fiquei cansada disso”.

O porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional, Nestor Goubel, classificou o acto como crime de homicídio frustrado. Por esta razão, a presumível autora do crime encontra-se detida e será encaminhada ao Ministério Público. RNA

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