A posição do MPLA, partido no poder, consta do comunicado final da nona reunião ordinária do Comité Central, durante a qual os membros foram informados sobre as ações da referida seita, a 16 de abril, que resultaram na morte de nove polícias e 13 elementos daquela organização, na sequência de confrontos entre as partes.
No comunicado final da reunião, o Comité Central do MPLA considera estes atos, ocorridos igualmente em menor gravidade em outras províncias de Angola, uma "tentativa de desestabilização política e social, de desrespeito à lei e à ordem estabelecida, que culminou com o assassinato de agentes da Polícia Nacional".
Nesse sentido, a massa militante do partido e a população em geral foram exortados à vigilância "contra todo o tipo de manobras desestabilizadoras, denunciando às autoridades competentes".
No discurso de abertura da reunião de hoje, o líder do MPLA, José Eduardo dos Santos, considerou que os acontecimentos registados "indicam que existem pequenos focos de instabilidade e tensão" em alguns pontos do país, "por práticas religiosas e sociais contrárias aos princípios e valores consagrados na Constituição da República e nas Leis ordinárias e atos criminosos levados a cabo por alguns cidadãos".
O presidente do MPLA apelou aos membros do partido e às suas organizações sociais a continuarem a condenar esses atos e a realizar campanhas de educação cívica e manifestações de repúdio contra as tentativas de pôr em causa a paz, a estabilidade social e a unidade nacional.
No final da reunião, o Comité Central exortou o povo a uma "maior preservação da unidade, da coesão nacional e harmonia no seio da família", mas também ao "resgate dos valores morais, éticos e cívicos, no respeito pela dignidade da mulher e defesa dos direitos fundamentais da pessoa humana".
LUSA