Quinta, 09 de Mai de 2024
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Sexta, 24 Abril 2015 20:29

"Polícias confirmam morte de centenas de pessoas no Huambo", diz Raúl Danda

Delegação da UNITA impedida de se deslocar ao local dos confrontos e de se avistar com líder da seita A Luz do Mundo, Julino Kalupeteka.

A morte de centenas de pessoas da seita religiosa A Luz do Mundo no Huambo foi confirmada por várias pessoas “inclusive por polícias”, disse à VOA o chefe da bancada parlamentar  da Unita Raúl Danda.

Nove agentes da polícia foram mortos nos confrontos  no passado dia 16 de Abril na serra Sumé onde estariam congregados milhares de fiéis da seita.

A polícia disse que 13 membros da seita foram mortos, mas Danda garante que mesmo o governo tenho dado informações diferentes sobre o número de civis mortos, ele pode ascender a 700.

Danda disse que a delegação parlamentar se tinha encontrado ontem com o governador do Huambo e hoje tinha-se deslocado ao município da Caála, onde, num encontro com o administrador municipal, este disse não ter autorização para os deixar deslocar ao local dos confrontos .

“Muito claramente há impedimento para que eu e os meus colegadas deputados possamos deslocar ao sítio onde houve esses ocorrências”, reitera.

Segundo o líder parlamentar da Unita, esta prática "confirma claramente as informações que recebemos de várias pessoas, inclusive de polícias que participaram nesta acção de que, de facto, houve um grande massacre de centenas de pessoas”.

Raúl Danda revelou também que no Huambo lhes foi recusada permissão para se avistarem com o líder da seita, José Julino Kalupeteka.

Mãos Livres pede investigação total e independente dos confrontos do Huambo

O advogado angolano David Mendes pediu hoje, 24, uma investigação independente para se saber precisamente o que se passou no Huambo entre as autoridades e membros da seita religiosa A Luz do Mundo.

David Mendes, da Associação Mãos Livres, disse não se saber ao certo o número de vitimas desses confrontos porque “é tudo à base do diz-que-diz".

Por isso, acrescentou, é preciso que investigadores tenham livre acesso ao local  "inclusive" às áreas “onde se presume que foram enterrados corpos em  valas comuns” para que se possa fazer uma investigação de forma “independente”.

Para isso, disse David Mendes, é preciso o acesso livre a todas as áreas e que o Governo garanta a segurança dos investigadores.

Mendes confirmou a intensão da sua organização de defender em tribunal o dirigente da seita, José Julino Kalupeteka, cujo paradeiro desconhece.

“Até agora todas as diligências que foram feitas (para saber do paradeiro de Kalupeteka)  não resultaram efeito”, concluiu aquele advogado.

Voanews

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