Felizmente, se for exagero, hoje, afirmar que temos uma unanimidade no MPLA, sobre a necessidade de se fazer algo parecido com o que fui defendendo, há decénios, da necessidade de se abandonar o chamado “centralismo democrático”, há agora, sem dúvida, uma ideia generalizada de que as coisas não podem continuar como estão. Críticas importantes são feitas abertamente e fala-se em candidaturas múltiplas.
O regime insiste em semear o medo na sociedade através de prisões arbitrárias, perseguições políticas e até execuções sumárias, na tentativa de calar vozes e isolar consciências. A lógica é simples: quanto mais medo, mais fácil perpetuar-se no poder.
Nos anos mais quentes da Guerra Fria, quando o mundo estava dividido entre os Estados Unidos e a União Soviética, muitos países africanos, asiáticos e latino-americanos procuraram uma terceira via: a neutralidade.
Havendo eleições livres e justas em 2027, e mantendo-se a situação actual, o MPLA não ganhará as eleições. É evidente que, como dizia o antigo primeiro-ministro inglês, Harold Wilson, “em política, uma semana é muito tempo”.
Por causa das pilhagens registadas em oito províncias de Angola, nos dias 28, 29 e 30 de Julho, o governo angolano deteve os jornalistas Carlos Tomé, da Televisão Pública de Angola (TPA), e Alfredo Armando Bumba, do jornal Expansão.
A recente detenção de três líderes de associações de táxi pelo SIC não só apanhou de surpresa muitos observadores, como também está a suscitar várias leituras no espaço público.
Um conselheiro ou conselheira a priori, é uma referência. Pois quando estiver a falar todos param para lhe escutar...
Ler os sinais do tempo é uma habilidade essencial para qualquer liderança seja dentro de uma família, de uma instituição, de um grupo organizado ou de um governo. É parte da rotina de balanços, de análises de crise e de prevenção de rupturas. Quando essa leitura falha, abre-se espaço para tensões que poderiam ser evitadas com diálogo e inteligência.