Angola é uma potência regional e isso dá-se não simplesmente pelo seu crescimento econômico, recursos minerais e naturais e posição geo-estratégica, mas dá-se também pela sua alta preparação técnico-militar e seu poder bélico, que tem crescido muito e significativamente nos últimos 15-20 anos, isto directa ou indirectamente representa um factor determinante e essencial para a manuntenção da paz na Região dos Grandes Lagos e no Continente em geral.
O recente discurso eleitoral do Chefe de Estado angolano, referindo que a UNITA tinha feito ilusionismo passando do símbolo do galo negro ao galo branco e que após as eleições o MPLA ia comer cabidela, comida à base do sangue de galináceos, causou larga surpresa na opinião pública de Angola.
Bofocando o simulado combate contra a corrupção: Mas antes de me alongar julgo importante explicar aqui o que significa bofocar, que quer dizer escangalhar ou machucar.
O colossal alienismo político da liderança do MPLA expôs mais uma vez a inconsistência do chão debaixo dos pés do seu líder. O próprio presidente do partido, o candidato do MPLA a suceder o actual presidente da república, mais uma vez veio reforçar a noção que qualquer um de nós tem sobre quão fácil é ficar à léguas de distância de se poder traçar aqui o retrato fiel da agreste realidade que há décadas persegue os angolanos.
Tudo indica que nos próximos dias a bomba relógio no seio dos camaradas esplóda; não falta muito.
Em geopolítica «paz e conflito» caminham juntos, cada um tem características e dinâmicas próprias mas estão interligados o tempo todo, e em muitas das circunstâncias é mesmo necessário fazer guerra para se ter paz e para se manter a paz porque nem sempre a diplomacia funciona e nem tudo se resolve por via político-diplomática (negociação, diálogo, acordos, cedências, etc), a força sempre foi e sempre será uma das vias para a manuntenção da Paz, seja a nivel estatal, regional ou internacional.
Ainda bem que o Rafael Mukanda, que no outro dia mereceu dez minutos na TPA, porque se opunha à lista dos candidatos da UNITA que foi apresentada ao Tribunal Constitucional, representa uma tendência insignificante e em declínio não só na UNITA mas no próprio país.
Esta é a minha "Mukanda para Mukandas..." , uns ainda dentro que não tungem nem mungem quando dirigentes séniores da UNITA são coptados por "Milias" e empregues na sua máquina destrutiva de instituições genuínas e legais a luz da Constituição da República.