No recente discurso perante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, o Presidente da República de Angola, João Lourenço, foi incisivo a propósito da recuperação de activos angolanos no estrangeiro.
Falar de inteligência de Estado é fazer referência há uma conjuntura e estrutura diversificada de processamento, colecta e análises de dados, ou seja, são uma série de informações e arquivos confidenciais, que servem como base para tomadas de decisões operacionais militares tácticas, estratégicas, ou projectuais, nas questões relacionadas à programas de políticas de Estado ou resultados governamentais.
Como tudo no Universo, cada um dos nossos países e a África inteira, movemo-nos, incessantemente, em direcção ao futuro. Se ontem condicionados por situações e acontecimentos de então, como africanos, Angola e Moçambique não deveriam continuar a seguir como estamos: sempre acoplados a estratégias que já foram, provavelmente, úteis num passado cinquentenário, quando certo autoritarismo era “exigido” para a sobrevivência de dois grandes movimentos de libertação nacional: o MPLA e a FRELIMO.
Segundo a imprensa e as redes sociais, o Ministro dos Assuntos Externos da Ucrânia, Andrii Sybiha, visitará brevemente Angola. Esta visita sucede a uma conversa telefónica entre ele e o seu homólogo angolano, Teté António, a 15 de outubro. A visita do ministro ucraniano será mais um passo no sentido de aumentar a cooperação entre os dois países, o que já está a suscitar questões entre os observadores políticos e a sociedade civil em Angola.
Para os cidadãos mais atentos, já não há dúvidas de que a promessa do presidente João Lourenço de combater a corrupção em Angola se revelou ineficaz, assemelhando-se a uma cortina de fumo que oculta uma realidade sombria. Isto reforça a suspeita de que, sob a bandeira da honestidade, se esconde um verdadeiro império de corrupção.