O Banco de Fomento Angola (BFA) avançou que obteve a aprovação para a abertura de contas correspondentes em dólares e euros junto do Deutsche Bank, tornando-se assim na primeira instituição bancária angolana a alcançar parceria do género. A relação do BFA com o banco alemão, constitui, segundo informações da instituição angolana, um marco relevante na trajectória do BFA.
Conforme o documento, o acordo fortalece a integração do BFA no sistema financeiro internacional, bem como poderá permitir o desenvolvimento de um sistema financeiro nacional mais competitivo.
O BFA refere que ao associarse a uma instituição bancária de reconhecida solidez e liderança internacional, eleva o padrão dos seus serviços de pagamentos e gestão de liquidez internacional, consolidando a sua posição como referência no sistema financeiro angolano, ampliando a sua capacidade de oferecer soluções com níveis de excelência alinhandos às melhores práticas internacionais.
Por outro lado, o Banco enfatiza a importância para a segurança das operações, ao mesmo tempo o facto de o Deutsche Bank, que passa a actuar como banco correspondente para este novo serviço aos clientes, ter uma notação (ou rating) de crédito ‘A’, que indica uma elevada capacidade para honrar as suas obrigações financeiras.
O Deutsche Bank é uma das maiores e mais prestigiadas instituições financeiras da Europa, com licença para clearing (processo de compensação e liquidação de transações financeiras) em dólares norte-americanos.
“Gigante” norte-americanos JP Morgan
Também no início desta semana, o Standard Bank Angola (SBA) avançou a sua aprovação para passar a efectuar transacções em dólares através de uma conta correspondente junto do gigante norte-americanos JP Morgan, considerado o maior banco do mundo, em moeda estrangeira.
O acordo feito pelo Standard Bank Angola marca o regresso de bancos norte-americanos ao sistema financeiro angolano. A decisão foi tomada após o Comité Interno Global do Wall Street ter passado anos a avaliar uma possível reentrada no mercado angolano.
O presidente da Comissão Executiva do Standard Bank Angola, Luís Teles, citado em comunicado, reconheceu o regresso de bancos norteamericanos ao sistema financeiro angolano como conquista e que representa muito mais do que a abertura de contas correspondentes.
Para o dirigente bancário trata-se de “uma parceria que reflecte colaboração, confiança e inovação entre as duas instituições e fortalece o potencial de crescimento de Angola e África na economia global” disse.
Considerou que a iniciativa do JP Morgan é um impulso para Angola, que foi adicionada, recentemente, à chamada ‘lista cinza’ do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), que identifica países com deficiências no combate a fluxos financeiros ilícitos.
Luís Teles diz ser um passo fundamental que torna a recuperação possível, ao restaurar a confiança internacional em pelo menos uma instituição angolana e ao facilitar o fluxo de dólares e euros para o país, tornando as transacções mais rápidas e baratas.
Dez anos com crise de divisas
Refira-se que há cerca dez anos as relações directas de contas correspondentes entre bancos angolanos e bancos norte-americanos foram suspensas, por imposição regulatória do governo norte-americano.
O corte das relações de correspondência bancária directa entre as instituições financeiras norte-americanas e angolanas causou uma profunda crise de divisas no país, uma vez que a perda de acesso directo aos dólares (USD) através dos grandes bancos dos EUA tornou as transacções internacionais mais caras, lentas e burocráticas, dificultan… OPAIS
 
     

 
				 
				
				
				
				
							 
				
				
				
				
							 
				
				
				
				
							 
				
				
				
				
							