As sentenças aplicadas hoje aos ativistas angolanos são "políticas", um "erro estratégico" do MPLA e do Presidente de Angola e irão "reativar" a onda de solidariedade para com os jovens, disse hoje o escritor José Eduardo Agualusa.
A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) qualificou hoje a condenação de 17 ativistas angolanos como "extremamente ridícula", prometendo que vai "continuar a colocar pressão" sobre o regime de Luanda.
O antigo primeiro-ministro angolano Marcolino Moco manifestou-se hoje "muito triste" após saber que 17 ativistas angolanos foram condenados por atos preparatórios para uma rebelião e apelou à reflexão em Portugal sobre as relações bilaterais.
Doze pessoas acusadas de estarem envolvidas no assassinato de quatro cidadãos de nacionalidade chinesa no bairro do Benfica, município de Belas, em Luanda, foram hoje, segunda-feira, apresentados pelo comando provincial da Polícia Nacional.
Ainda antes de ser anunciada a sentença de prisão dos 17 ativistas em Angola, entre os quais Luaty Beirão, já estavam agendadas duas manifestações em Portugal pela libertação dos condenados, uma na Praça do Rossio em Lisboa e outra no Porto, no Consulado de Angola, ambas às 18h00.
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) quer reunir em julho "um número significativo" de empresas portuguesas na Feira Internacional de Luanda (FILDA) porque o mercado angolano "continua a ser uma prioridade" da qual "não faz sentido desistir".
O Tribunal Provincial de Luanda condenou hoje, segunda-feira, os réus acusados de rebelião e associação de malfeitores a penas que vão de 4 a 8 anos e seis meses de prisão maior.
A Economist Intelligence Unit (EIU) considera que os protestos e manifestações em Angola vão continuar a aumentar devido às dificuldades financeiras do país, mas a agitação social não será "uma ameaça existencial para o Governo".
Julgamento começou a 16 de Novembro e deverá terminar esta segunda-feira com a leitura da sentença. Nas alegações finais, os 15+2 foram também acusados de associação de malfeitores, crime que pode dar penas entre os oito e os 12 anos de prisão.
Sentença é conhecida esta segunda-feira em Luanda. O luso-angolano e os outros 16 ativistas acreditam que a condenação é certa, só falta saber por quantos anos e se a pena será efetiva ou suspensa.