Terça, 23 de Setembro de 2025
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Terça, 23 Setembro 2025 13:24

Oxford Economics revê em alta PIB de Angola para 1,9% este ano

A consultora Oxford Economics melhorou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Angola para 1,9% este ano e subiu a da produção de petróleo, que deverá cair 6,2%, e não 6,9%, como previsto.

"Prevemos agora que a produção de petróleo caia 6,2%, e não 6,9% como prevíamos, para uma média de 1,091 milhões de barris por dia em 2025, o que deverá oferecer uma folga muito necessitada a uma economia flagelada por preços baixos do petróleo a nível global, crescente dívida pública e elevada inflação e taxas de juro", escrevem os analistas.

Num comentário à melhoria da produção petrolífera em agosto, mas ainda assim abaixo da meta do Governo, os analistas do departamento africano desta consultora britânica escrevem que a produção deverá chegar a 1,11 milhões de barris diários no início do próximo ano, antes de estabilizar numa média de 1,14 milhões no total de 2026.

Devido a estes desenvolvimentos, "a produção de crescimento do PIB foi revista em alta, de 1,6% para 1,9% este ano, para refletir estes desenvolvimentos mais favoráveis".

Os poços de petróleo em Angola e a infraestrutura petrolífera "estão envelhecidos e têm prejudicado a produção nos últimos anos, afetando a economia, fortemente dependente destas exportações, de forma adversa", lê-se na análise a que a Lusa teve acesso, na qual se aponta que "a entrada em funcionamento dos poços Begonia, CLOV3 e Agogo antes do previsto é um desenvolvimento positivo e abranda a pressão negativa sobre a produção".

A produção petrolífera de Angola voltou a ficar abaixo da meta em agosto, com uma média de 1,03 milhões de barris por dia, ficando há seis meses consecutivos abaixo das previsões.

Segundo o relatório mensal da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a produção atingiu 32,07 milhões de barris no mês de agosto, o que corresponde a uma média de 1.034.655 barris por dia, contra uma previsão de 1.086.727 barris diários.

Angola não atinge a meta de produção desde março, oscilando entre uma média diária de um milhão e 998 mil barris/dia, abaixo das projeções mensais da concessionária estatal.

A ANPG tem apontado como causas do desvio as paragens programadas em algumas unidades, declínio natural dos reservatórios e constrangimentos técnicos que limitam a capacidade instalada.

Já o desempenho do gás natural liquefeito (LNG) superou as expectativas em agosto, com a Angola LNG a registar 4,93 milhões de barris de óleo equivalente, cerca de 9% acima do previsto. Este aumento evidencia a crescente relevância deste segmento no setor energético angolano.

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Last modified on Terça, 23 Setembro 2025 13:36