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Segunda, 03 Outubro 2016 14:23

Portugal e Cabo Verde agradecem intervenção policial em sequestro

Os governos de Portugal e de Cabo Verde enviaram mensagens de agradecimento ao executivo angolano e à Polícia Nacional pela recente operação de libertação de dois cidadãos que estiveram sequestrados em Luanda durante vários dias.

A informação foi transmitida hoje pelo ministro do Interior angolano, Ângelo da Veiga Tavares, depois de receber das mãos do embaixador português em Luanda uma carta de agradecimento ao Governo angolano, assinada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

"Agradecendo e sublinhando a ação rápida e a eficácia, tanto do Ministério do Interior como das forças policiais angolanas, no recente caso do cidadão português que foi sequestrado e que em muitos poucos dias foi libertado de um modo perfeitamente pacífico e sem que houvesse vitimas a registar", disse aos jornalistas o embaixador português João Caetano da Silva, após ter sido recebido por Ângelo da Veiga Tavares.

Um português de 50 anos esteve três dias raptado em Luanda, juntamente com um cabo-verdiano (também com nacionalidade indiana), com os sequestradores a usarem violência e a pedirem à família um resgate de três milhões de dólares (2,5 milhões de euros), anunciou a 28 de setembro a polícia angolana.

A Polícia Nacional de Angola apresentou na altura aos jornalistas, no comando de Luanda, os três suspeitos, dois de nacionalidade nigeriana e um da República Democrática do Congo, detidos na operação especial de resgate desencadeada no dia 23 de setembro.

De acordo com a polícia, os três homens, em situação ilegal em Angola e com idades entre os 32 e os 42 anos, foram os autores de outros cinco raptos de estrangeiros ocorridos em Luanda em março passado.

O português, administrador da empresa SIAP, foi raptado quando seguia de carro no município de Belas (Talatona), arredores de Luanda, pelas 21:00 do dia 20 de setembro. O cidadão cabo-verdiano - também com nacionalidade indiana -, comerciante de 44 anos, estava "em cativeiro" desde 19 de setembro, quando foi raptado em Viana, também nos arredores da capital angolana.

Além deste caso, em abril último morreram pelo menos três portugueses (incluindo um casal) em assaltos em Luanda.

À saída da audiência com o governante angolano, o diplomata português assumiu que a situação de segurança em Angola "é perfeitamente normal e perfeitamente estável".

O ministro Ângelo da Veiga Tavares, que também anunciou ter recebido um telefonema de agradecimento do ministro da Administração Interna de Cabo Verde, Paulo Rocha, pelo sucesso da operação de resgate, reafirmou a situação de segurança em Angola.

"A nível do país a situação de segurança é calma, em Luanda registamos alguns crimes violentos, pontuais", disse o ministro, que se reuniu no próprio dia da libertação, com os dois cidadãos sequestrados.

"Hoje, a grande preocupação que nós temos ainda em Angola tem muito a ver com casos de roubos e furtos de viaturas, que às vezes concorrem com alguma violência, principalmente quando os proprietários oferecem alguma resistência ou alguma precipitação por parte dos assaltantes. Mas nós, gradualmente, temos dado resposta a essas situações", disse o governante.

Segundo a polícia angolana, no caso dos dois trabalhadores sequestrados, os raptores foram "surpreendidos" pela dimensão da intervenção de resgate e não ofereceram resistência, apesar de os investigadores terem apreendido na posse dos suspeitos cinco espingardas automáticas AKM e 15 carregadores com munições.

Foram apreendidas igualmente três viaturas, inclusive um táxi de transporte informal de passageiro, alegadamente utilizado para realizar os raptos, além de 10 milhões de kwanzas (54 mil de euros) em dinheiro.

Lusa

 

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