Está previsto terminar esta sexta-feira o julgamento dos 17 ativistas angolanos, acusados de preparar uma rebelião e atentar contra o presidente de Angola, mas a mulher de Luaty Beirão, Mónica Almeida, acredita que o prazo vai ter de ser alargado, já que até agora foram ouvidos apenas três réus na barra do tribunal.
O problema é que se o ritmo se mantiver, diz Mónica Almeida, os detidos arriscam-se a ficar na prisão até março do próximo ano, altura em que os tribunais retomam a sua atividade após as férias judiciais, que começam no início de dezembro. Em declarações à TSF, a mulher de Luaty Beirão descreve, ainda, um ambiente de muita pressão na sala de audiências.
Mónica Almeida refere, ainda, que os detidos são acordados todos os dias às três e meia da manhã e que no tribunal são mantidos em celas com chão de betão, enquanto aguardam a chamada para serem ouvidos pelo juiz. A mulher do ativista acredita que o objetivo é provocar desgaste psicológico. Também no exterior do tribunal as coisas estão longe de serem pacíficas, com Mónica Almeida a acusar a polícia de tentar dispersar os amigos e familiares dos detidos.
TSF