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Quinta, 14 Setembro 2023 20:56

Moradores de dois edifícios na avenida Hoji-ya-Henda, em Luanda, foram evacuados

Moradores dos prédios 60 e 62, da avenida Hoji-ya-Henda, em Luanda, foram evacuados na tarde desta quinta-feira, devido as fissuras que os colocam sob risco de desabamento.

Trata-se de edifícios com cinco andares cada, num total de 44 apartamentos, levando os moradores a momentos de pânico.

O facto levou a Polícia Nacional a interditar a circulação na referida avenida, para prevenir males maiores.

Na ocasião, o arquitecto José Bessa, dirigindo-se aos moradores, informou que foi feita uma vistoria com técnicos da Direcção Nacional de Edifícios e Monumentos e também do Laboratório de Engenharia de Angola, tendo constatado que o prédio encontra-se estável.

Por outro lado, destacou a necessidade dos moradores organizarem-se para uma manutenção, a fim de aumentar o tempo de vida dos edifícios.

Segundo o arquitecto, os prédios em causa não estão preparados tecnicamente para terem canalização, dai que a humidade causou a separação de alguns troços do betão.

"Toda via, o nosso trabalho de inspecção vai continuar", garantiu.

De recordar que Luanda assistiu a 25 de Março do ano em curso, o desabamento de um prédio de seis andares na zona da Avenida Comandante Valódia, sem causar vítimas mortais, bem como o desalojamento das famílias do prédio adjacente.

Dias depois, foi a vez do lote 1 do prenda a apresentar risco de desabar com as 42 famílias a serem evacuadas de emergência.

Entrentanto, o vice-governador para Serviço Técnico e Infra-estruturas de Luanda, Cristino Ndeitunga, disse, esta quinta-feira, durante uma palestra sobre a manutenção dos prédios, que o Governo da Província acolheu a proposta normativa para a inspecção e vistorias dos edifícios a nível da capital do país.

Segundo o responsável, o documento vai servir de base para a elaboração de um regulamento que aborde e analise as condições dos edifícios antigos de Luanda.

O projecto, avança o vice-governador, traz consigo vários desafios desde inclusão da previsibilidade, formação de técnicos adequados, elaboração do manual de inspecção e vistorias, a massificação de acto de inspecções para implementação das normas, bem como a introdução no orçamento de verbas para a manutenção dos edifícios.

Para Cristino Ndeitunga, esta proposta vai ajudar a tomada de medidas apropriadas para a salvaguarda da vida humana e o colapso de edifícios, tendo em atenção que existem na capital cerca de 85 edifícios sob risco, sendo nove em um estado extremo de degradação.

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