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Quarta, 13 Outubro 2021 13:52

Deputado João Pinto diz que o papel da igreja não é julgar os tribunais e governo

O deputado da bancada parlamentar do MPLA e docente universitário, João Pinto, defendeu que a função principal bem como o papel da igreja não é julgar os tribunais, muito menos o governo, com o intuito de de defender um suspeito ou delinquente que seja.

De acordo com o deputado, é visível para todos que religiosos estejam a passar por julgamentos pelo Estado Francês, EUA, Austrália e no Vaticano, por actos vergonhosos, segundo o Papa Francisco, demonstrando que são cidadãos que podem efectivamente errar, ser corruptos ou seguirem interesses duvidosos como qualquer humano.

As religiões / Igrejas devem obediência ao Estado

Para João Pinto, é livre a opinião de um religioso, mas o que nunca se deve esquecer é o facto de o Estado ser soberano e não deixar-se subjugar por nenhuma religião, apelando pela necessidade de se respeitar a diferença.

"Mas quando as igrejas tomam parte do activismo político dividem a igreja, a função e o papel da igreja não é julgar os tribunais ou governos no cumprimento da Constituição e da Lei em defesa de um suspeito ou delinquente", disse o Deputado do MPLA.

Observou também que ate mesmo na religião e sua moral, exige respeito pelas suas leis canônica ou tradições.

Por isso, sublinhou, o respeito pela laicidade e liberdade religiosa não significa que a religião comanda o poder temporal ou política como já defendia Santo Agostinho e contrariado por São Tomás de Aquino ou na óptica Luterana do gladio e a espada aos governos.

De acordo com o político, a igreja é parceira social do Estado enquanto sociedade civil, mas nunca subjugar ou submeter por não ter legitimidade, por não ser uma instituição democrática eleita ou política, é privada e deve sujeitar-se às autoridades eleitas ou reconhecidas pela Constituição nos termos do artigo 52°. Da CRA.

"Se a moda pega, veremos políticos ou governantes defendendo a melhor doutrina religiosa ou religião. Até o Vaticano que é um Estado dentro da Itália, está sujeita aos limites e o respeito entre soberania, faz parte da ética Vestefaliana superando a velha força dos monarcas e dos Papas", considerou João Pinto, acrescentando que Somos todos cidadãos com liberdade para rezarmos e manifestamos as crenças, pois, o contrário faz lembrar as guerras ou conflitos entre religiões e a política.

Por isso, apelou que se evite coagir ou ultramar instituições públicas, por ser crime de ultraje e desacato as autoridades ou desobediência no caso das decisões dos tribunais de cumprimento obrigatório.

"Provado que um Católico casou-se sem concluir-se o processo de anulação do primeiro matrimônio na igreja o padre casa-o e se o fizer não se invalida? Foi o que ocorreu no caso do processo de anulação ao XIII Congresso Ordinário da UNITA anulado que elegera ACJ.
Respeito e consideração", conforme João Pinto.

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