Numa nota de esclarecimento, a delegação provincial da Lunda Norte do Ministério do Interior refere que deambulam pelas ruas das cidades, bairros, mercados e aldeias daquela região, dezenas de imigrantes ilegais, com destaque para os da vizinha RDCongo.
Para combater este fenómeno, justifica a nota, têm sido levadas a cabo várias operações de rotina, entre as quais se deu a detenção da cidadã congolesa, alegadamente diplomata do consulado da RDCongo.
De acordo com o documento, o incidente registou-se na quinta-feira passada, quando forças policiais, durante o trabalho operativo de fiscalização e patrulhamento de combate à imigração ilegal, no município do Chitato, interpelaram a referida cidadã, destacada no Dundo, capital da Lunda Norte.
As autoridades angolanas sublinham que a cidadã, ao ser identificada, apresentou uma cópia do cartão atribuído pelo consulado, tendo sido, de seguida, convidada a acompanhar os agentes ao posto de comando junto do Serviço de Migração e Estrangeiros, para se aferir a sua situação migratória.
“A cidadã em causa, de repente insurgiu-se, proferindo injúrias e desacato contra os agentes, numa clara demonstração de desrespeito pelas autoridades e, quando chegou ao posto de comando já enfurecida, a suposta diplomata congolesa quebrou o seu próprio telemóvel e, em ato contínuo, jogou-se ao chão, facto que provocou-lhe um entorse no braço, ação esta filmada pelos seus conterrâneos na mesma condição, que testemunharam tal comportamento”, descreve a nota.
Após ser contactado o representante legal do cônsul na Lunda Norte, este garantiu conhecer a diplomata em causa, que mais tarde foi conduzida à sua residência, onde as forças da ordem confirmaram a sua identidade através da documentação original, tendo sido imediatamente libertada.
A delegação provincial do Ministério do Interior na Lunda Norte exorta, na nota, os cidadãos estrangeiros a cumprirem as normas e procedimentos migratórios, transportando consigo os documentos originais e a evitarem afrontas e desacatos quando forem interpelados pelos agentes da autoridade em cumprimento de missões que visam estabelecer a ordem pública.