Quinta, 02 de Mai de 2024
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“A justiça atrasada não é justiça; senão injustiça qualificada e manifesta”. (Ruy Barbosa de Oliveira (5 de Novembro de 1849 a 1 de Março de 192399, polimata brasileiro que se destacou como jurista, advogado, político, diplomata, escritor, filólogo, jornalista, tradutor e orador).

Sem tempo e espaço para comentar tudo o que foi dito, vou pronunciar-me sobre uma passagem, apenas. Nela Isabel dos Santos, em grande entrevista, na Rádio Essencial, dizia que seu pai JES era bastante congregador e recolector de opiniões, antes da tomada de decisões importantes.

Apesar das garantias que nos dão de que está tudo sob perfeito domínio das Forças de Segurança, mais um crime chocou as nossas consciências. E mais um crime, à saída de uma instituição bancária.

Terminou o ano de 2023, porém, e apesar de ter sido um dos mais sofrido de 93% das populações que compõem a magnitude do tecido da nossa Angola profunda. Porém, teremos que forçadamente conviver sofridamente com a presença do presidente do MPLA na cidade alta. Dessa vez, trago um assunto para reflexão de todos quantos tenham a paciência de ler e escutar o que escrevo.

Pior rebaixamento e constrangimento de um povo do que uma festa de arromba sobre os seus escombros e sangue não se conhece na história da humanidade. Cada vez mais está sendo diminuída a autoestima, dignidade e a honra dos angolanos, um pouco também por causa da sua própria culpa em ter dificuldades de dar conta do limite da sua paciência.

Há muito que, analisando o regime político formalizado na Constituição de 2010, em Angola, não me animo tanto com a priorização do estabelecimento das autarquias locais, como isolado e próximo passo para a consolidação do chamado “Estado democrático e de direito”. O meu argumento é simples.

Sendo as relações internacionais sinônimo de cooperação entre os governos e entre as demais organizações regionais, internacionais e transnacionais, os programas nacionais devem ser traçados tendo em conta os interesses estatais, tal igual os projectos estratégicos de cooperação bilateral ou multilateral, devem ser definidos levando em consideração toda a dinâmica dos fenómenos público-internacionais.

É importante recordar que um golpe de Estado é uma medida política que tem por objetivo suspender o funcionamento legal do Estado.

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