Domingo, 06 de Julho de 2025
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A declaração da UNITA face á condenação dos jovens ativistas deixou de boca aberta a maior parte da sociedade politica inteligente ativa, não é que os burocratas do partido do galo negro saíram à rua para afirmar estupidamente, diga-se de passagem, que a solução da crise e das condenações dos ativistas políticos passa pelas eleições de 2018.

Num sistema de poder altamente centralizado como o de Angola, poucos duvidam de que foi José Eduardo dos Santos, e/ou alguns dos seus mais próximos e fiéis, a decidir e/ou assentir à condenação dos 17 “jovens revolucionários”. Tanto mais que as instituições da Justiça são manifestamente débeis. Depois da fase dos recursos, o regime pode decidir levar o processo até ao fim e fazer dos “revus” um exemplo para instalar o medo. Ou despachar tudo num perdão - e magnanimidade – presidencial.

A condenação dos 17 jovens por intenções revoltosas, a que juntaram a acusação de “associação criminosa” no final do julgamento, quer dizer que os juizes entenderam que o chefe queria que eles fossem condenados, fosse a que título fosse. Condenaram e assim cumpriram o seu papel. Este comportamento define o chefe. E uma Justiça que protege os vitoriosos e esquece os derrotados.

Quarta, 30 Março 2016 03:32

A saúde dos mortos - Reginaldo Silva

Dentro de cerca de duas semanas, Angola vai completar 14 anos sem a ensurdecedora presença no seu quotidiano da destruidora guerra das armas, que teve a particularidade de ser essencialmente fratricida, sem se pretender passar ao lado de todo o protagonismo que os estrangeiros tiveram nela e dos vários lados das barricadas que se confrontaram.

Quarta, 30 Março 2016 11:15

Um crime e um erro

Quando Napoleão mandou matar um opositor, houve um deputado francês seu aliado que se lembrou de dizer: “pior do que ser um crime foi ter sido um erro”.

Terça, 29 Março 2016 11:07

O princípio do fim em Luanda

A ignóbil condenação dos opositores políticos em Luanda evidencia que, quando um regime se esconde atrás de um tribunal e quando este tribunal eleva o absurdo a um monumento, só pode ser porque são os dias do fim.

Desde Junho de 2015 e ao fim de vários meses de debates, idas ao Tribunal, prisões preventivas e domiciliárias, greves de fome, assistências hospitalares não devidamente concedidas, os 17 jovens «revus» foram condenados a penas que vão dos 2 aos 8 anos e seis meses.

Quinta, 24 Março 2016 21:57

Silêncio criminoso

Numa altura de absoluta rotura social generalizada, num momento em que a igreja católica numa atitude sui generis aponta o dedo ao prevaricador numa demonstração de confronto direto altera o seu posicionamento politico face o arco da (in) governabilidade. Ainda assim a abençoada aposição não conseguiu tirar dividendos da situação e criar factos relevantes de alta politica para demonstrar o poder do contraditório do seu posicionamento politico.

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