Domingo, 19 de Mai de 2024
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Luanda nunca foi uma cidade famosa em termos de saneamento. Muitos anos antes de termos atingido a maioridade, com uma concepção arquitectónica arcaica, Luanda já era uma cidade descuidada.

A libertação dos 17 jovens condenados por rebelião e associação de malfeitores, hoje consumada, obedece à lógica dura e fria de José Eduardo dos Santos. O objetivo principal da condenação foi cumprido: inculcou-se ainda mais medo na mente da população, a viver dias difíceis, mostrando o poder do regime. No simulacro da Justiça angolana, esta libertação dos “leitores de livros perigosos” soa também a fogo de artifício - para a "festa" da reeleição de “Zédu”, no MPLA e na Presidência.

Se antes da detenção e condenação, dos activistas políticos Angolanos 15+2, do Movimento Revolucionário Angolano,"MRA"o regime do ditador Jose Eduardo dos Santos, podia fingir aos olhos do planeta, que o regime Angolano era democrático, hoje as práticas ditatoriais do presidente JES, estão completamente expostas, aos olhos de todas as nações do planeta moderno, de maneira verdadeiramente indelével.

No uso sistemático de métodos de repressão militarizada contra grupos de civis, o MPLA igualou-se ao Galo Negro.

No decurso do processo de libertação nacional reiteradamente se despedaçaram todos os marcos de respeito pela condição humana; degradaram-se todos os padrões éticos; no seu lugar impôs-se a lógica assassina e fixou-se o direito de os “libertadores” se auto-proclamarem portadores da centelha da revolução e, em seu nome, se arrogarem o dom de executar os oponentes, bem como quaisquer outras pessoas não identificadas com a sua causa. 

Sinais a partir de Luanda

No dia anterior a ter sido anunciada oficialmente a formalização de nova candidatura de José Eduardo dos Santos à liderança do MPLA, o Supremo Tribunal do país mandou libertar os 17 activistas que estavam presos há um ano.

Fazer contas à vida com o "jogo da pobreza": "Banco é bom, mas para mim é melhor kixiquila"

Contam os mais-velhos que tudo começou com o trabalho comunitário, em que homens e mulheres se organizavam para, em conjunto, tratarem do campo agrícola do vizinho, rodando entre todos e tornando menos pesado o esforço de um único.

Segunda, 27 Junho 2016 11:50

Viva a seita e o Reino

Sua majestade o rei de Angola, José Eduardo dos Santos, reconheça-se, continua a querer transformar a Angola dele num país desenvolvido e de referência em África e no Mundo. Está no poder desde 1979, mas isso é muito pouco. E para que não existam veleidades, começou já por pôr em ordem e na ordem na sua própria seita, o MPLA.

Ponderação e sensatez: O pior dos cenários é JES dar o dito por não dito e apresentar-se às eleições

Seria precipitado fazermos considerações conclusivas sobre o impacto das últimas decisões do Presidente da República sobre o seu legado político, feito, naturalmente, de decisões e momentos, negativos e positivos mais marcantes.

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