Porque a democracia que é ouvir os anseios do povo nunca vai pegar em Angola com o MPLA no poder
Já me ocorreu – especialmente pouco depois que fui libertado da cadeia – a ideia de pegar na família e me instalar num país do Ocidente, sim, abandonar Angola e não querer mais ouvir falar deste país onde nasci há quase 35 anos.
A emigração é fenómeno que tem acompanhado a história da humanidade. Os seres humanos evoluíram como nómadas, embora nos tempos pré-históricos apesar da existência dos reinos e outras formas de delimitação territorial, a emigração não tinha o actual enquadramento.
Não há palavra tão alta quanto ao grau de negligência que se apoderá nesta nação angolana, ao ponto de haver gente vestida de orgulho e de fervor pela trágica situação que vivem os hospitais do País, ao ponto de dizer que não há falta de medicamentos nos hospitais, e que a saúde anda bem no País:
" Com esta qualidade de governantes o país e nós vamos á lado algum? "
Com o Congresso da UNITA à porta e uma enorme expectativa dos cidadãos, no geral, de quem pode vir a concorrer com João Lourenço em 2022, para o cargo de presidente da República, observo um grande fenómeno que, de resto, não pertence só à UNITA: quem está comigo?
A Guerra Fria situava – se no seu caminho final, no congresso norte – americano, as vozes não se calaram, e em nome da normalização das relações diplomáticas com Angola, terá clamado em vivo tom.
E digo mais, João Lourenço precisa ter muito cuidado para não entrar de braços dados a um beco sem saída com o seu escandaloso e tão mal falado MPLA.