Apontar João Lourenço como um messias, é uma redundância, uma obscenidade descomunal, Messias é filho de Deus, nunca perseguiu nem sequer os que o pregaram na cruz, nunca traiu ao Pai que lho enviou à terra, mesmo após a tentação que lhe fora imposta por Satã.
O aspecto que mais me chamou a atenção na entrevista de Dino Matrosse à MFM foi a sua dúvida manifestada em relação a possibilidade da cifra das vítimas da repressão que se seguiu ao 27 de Maio de 77 ter atingido a casa das 80 mil, de acordo com algumas estimativas.
O dia 22 de Fevereiro de 2002 foi para mim e os poucos membros restantes da família Chingunji, um dos melhores dias desde que nasci.
Por Dinho Chingunji
Em geral, a vinda de João Lourenço, propagou um tumulto com a trombeta de uma pseudo – mudança que está longe de ser feliz.
Desengane – se, o sujeito, que acha que a marcha irreprimível do tempo que corre hoje, ou virá amanhã, apagará as sombras do desastre assimilado pelo clã de Eduardo dos Santos, com os seus relatos e as suas histórias, marcadas por uma perseguição incessante à luz de um Governo macabro, que paga tudo a um preço de vingança, marcado por acusações, e até, os nomes dos seus inimigos são colocados numa lista chamada negra, perseguidos em todos os campos, querendo – os sacar até a própria vida, em nome de um novo Estado, que impõe o que achar certo, e como quiser impor.
Não é fácil quando de um lado estão pessoas serias, honestas e humildes, e do outro está aquilo que nós todos angolanos. Com o mínimo de racionalidade e sensatez soubemos o que é o MPLA, tudo menos sério e´ incapaz de encarar o seu adversário político com respeito.
Ontem, 27 de Maio, por volta das 21h30 (ao chegar a casa, vindo da Conferência-Mesa Redonda subordinada ao tema «Liberdade e Memória» sobre a tragédia do 27 de Maio de 1977), fui informado que o programa elaborado pelo Governo para a realização do funeral de Estado de Jonas Savimbi – e que que teve sanção da UNITA – foi mudado à última da hora.
Veloso, Carlos Jorge, Onambwé, Tony Laton, Cansado, Osvaldo Inácio, Nelo, Noé, Xavier, Ludi Kissassunda, Cadete e Outros.
Conheci pessoalmente qualquer um destes assassinos e outros mencionados noutros textos e como tal , mesmo não tendo sido médico nunca na minha vida .