Os ventos não sopram a favor de Angola. Ou, se quiserem, do MPLA. Ou, ainda se preferirem, de João Lourenço…Depois de ter azedado a relação com o único que decidiu estender a mão ao país quando a maior parte lhe virou as costas; depois de ter tentado buscar fortalecer as relações com o Ocidente, especialmente com os Estados Unidos.
Se alguém precisava de mais uma prova, aí está. Há homens eternamente estúpidos, mas não há povos perpetuamente amordaçados. Quando o tempo chega, a corda rebenta até para o lado pretensamente mais forte. É sempre assim. É incontornável. Mesmo nos regimes mais autoritários, haverá sempre o primeiro dia de todos os outros em que a história começará a ser reescrita.
O professorde Relações Internacionais Cesário Zalata afirmou que “com a chegada de Donald Trump ao poder, abrese, novamente, um quadro de incertezas na intensidade da cooperação entre os Estados Unidos e Angola”.
Pena da pobre Angola. O presidente João Lourenço fez uma aposta multimilionária na contratação de empresas de lobby em Washington, DC, para colocar seu país da África Austral na agenda dos EUA.
Um único líder em Moçambique, Venâncio Mondlane, dá lições que jamais serão esquecidas no continente africano e no mundo. Sua coragem e disposição para lutar por causas nobres contrastam fortemente com a realidade da política angolana.
No recente discurso perante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, o Presidente da República de Angola, João Lourenço, foi incisivo a propósito da recuperação de activos angolanos no estrangeiro.
Falar de inteligência de Estado é fazer referência há uma conjuntura e estrutura diversificada de processamento, colecta e análises de dados, ou seja, são uma série de informações e arquivos confidenciais, que servem como base para tomadas de decisões operacionais militares tácticas, estratégicas, ou projectuais, nas questões relacionadas à programas de políticas de Estado ou resultados governamentais.
Como tudo no Universo, cada um dos nossos países e a África inteira, movemo-nos, incessantemente, em direcção ao futuro. Se ontem condicionados por situações e acontecimentos de então, como africanos, Angola e Moçambique não deveriam continuar a seguir como estamos: sempre acoplados a estratégias que já foram, provavelmente, úteis num passado cinquentenário, quando certo autoritarismo era “exigido” para a sobrevivência de dois grandes movimentos de libertação nacional: o MPLA e a FRELIMO.