Fez na passada quinta-feira uma semana que terminou, em primeira instância, um julgamento, no Tribunal Supremo, que levou o conhecido advogado e académico Sérgio Raimundo a declarar bombástico, mais ou menos, isso: “Isto mete medo. Estou a ponderar se vale a pena continuar a ser advogado”.
Tudo aponta que o ano de 2020 somar – se - à a elevação da crise acima do ano em curso, a vida do angolano em 2020 será um caos, se hoje assiste – se uma crise crescente até ao topo do País, em 2020, essa crise será ainda pior.
Fome e morte são palavras com a mesma raiz em Angola: crise económica cujo governo é incapaz de acudir. Os acontecimentos no Cuando Cubango e no Cunene encerram uma barbaridade colossal do clima hediondo que se vive em Angola, em que diariamente perto de 6 pessoas morrem por escassez de comida ou de água, coisa que nunca terá sucedido, ainda em tempos de conflitos armados.
O processo de julgamento que resultou na condenação de Augusto da Silva Tomás (antigo ministro dos Transportes) e de antigos responsáveis do Conselho Nacional de Carregadores (CNC) está a ser usado por determinados sectores da sociedade como prova, isto é, evidência, de que o sistema judicial de Angola passou a ser credível.
A falta de verdade na comunicação do nosso tempo, soma – se ao vandalismo, o crescimento das mentiras dos agentes policiais, é enorme, e já tem a estatura de um edifício de 20 andares: não houve rixa de grupos de criminosos no Rocha Pinto, polícia matou à queima roupa um pastor evangélico criando assim uma revolta popular no local que causou a queima de pneus nas estradas e ruas.
Aposto com quem quiser. Pena igual, para crime igual uma ova: O Tomás é visto e considerado ainda por muitos em como sendo um dos grandes e fortes (condenado), que fez parte do regime cronicamente corrupto sob gestão de José Eduardo dos Santos e sua corja mais próxima.
Os sintomas da vingança de João Lourenço começaram a perturbar o actual contexto de coisas do País angolano, desde o distante ano de 2017, em parte esse fenómeno explica o comportamento das lideranças políticas africanas e militares, que sempre se caracterizaram por pagar pela mesma moeda aqueles que no passado tiveram uma dívida pesada ou leve no âmbito de seu curso natural.
“Não se vai privatizar por privatizar. A privatização deve ser um meio para alcançar níveis de competição e de eficiência adequadas na gestão empresarial em Angola e na nossa economia”.