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Sábado, 08 Outubro 2022 20:04

A hora é de caminharmos juntos

Angola vive momentos trágicos de extrema calamidade político-social, a acrescer a tudo isso, denota-se em paralelo, a criação de um circo de narrativas desencontrada nas redes sociais, que visam tão somente desviar o foco da real crise criada em torno do roubo eleitoral, patrocinado pela CNE e tribunal constitucional.

Existe de facto uma mão invisível interessada em gerar confusões inusitadas nas redes sociais, para alimentar tais narrativas, que a priori, mostram que as motivações personificadas nas reivindicações têm sentido fútil e indisfarçavelmente irresponsáveis.

Quando se tenta entender o motivo da estridente gritaria, percebe-se de imediato, que as vozes audíveis são sempre as mesmas que reivindicam arreliadas vontades irrealizáveis, que ultrapassam de longe a fronteira do razoável admissível a um partido político sério, com a dimensão da UNITA.

É verdade sim, que existe um enorme déficit na comunicabilidade direta entre as partes envolvidas, que facilita a escalada progressiva das narrativas exasperantes, criadas pelos serviços apostados em destruir o bom nome do presidente da UNITA e da frente patriótica unida.

Essas narrativas, além de caricata são igualmente risíveis, pela natureza dos argumentos reivindicativos apresentados pelos Jovens eleitores, que seriam ultrapassáveis desde que houvesse lisura, verdade e sobretudo vontade política para estancar essa poluição sonora.

Por isso, faz-se necessário aludir didaticamente as pessoas “revoltadas”, que apoiaram a luta pela alternância do poder político inacabado, que a luta político-partidária é parte da inteligência política humanamente assertiva, porém, importa que saibam, que o voto é leigo.

Tense como certeza, que a força dos jovens são o principal, senão mesmo o maior activo sustentável de qualquer democracia no planeta, é importante fazer essa leitura demonstrativa da crise instituída após eleições, e daí retirar as devidas ilações.

Percebesse no meio de toda confusão gerada, que apensar de existirem mil razões, que motivam as arrelias dos jovens eleitores, do mesmo modo também se nota que os mesmos não possuem nenhuma agenda reivindicativa clara e objectiva, que ajude a compreender as motivações das suas inquietações.

A insatisfação dos jovens segue na direção errada, não é possível exigir direitos a um partido que resiste sozinho as intempéries de uma intensa opressão asfixiante de um regime ditatorial sanguinário. É preciso clarificar, que a UNITA enquanto partido político, não obedece a critérios, regras ou vontades de agentes externos.

Apesar do estrondoso ruído, diga-se, pouco criativo, não adianta aos jovens na disporá e no país, insultar as lideranças da UNITA/FPU, menos ainda xingar e/ou praguejar diariamente nas redes sociais.

É inviável a qualquer partido com a nobreza e grandeza da UNITA, subordinar-se a vontade de agentes externos a sua direção e militância consagrada, mesmo que sejam eleitores.

Percebesse no entanto, que a emoção exaltada dos jovens tem origem na instabilidade gerada pelo roubo das eleições, a insatisfação dos jovens tem-se ampliado de sobremaneira, por serem alimentadas direta ou indiretamente pelas fornalhas foguentas dos laboratórios das secretas.

As reivindicações dos eleitores podem ser de facto legítimas, porém, essas reclamações não legitimam o extremismo exercido nas suas posições defendidas, aliás, essas tais reivindicações não foram sequer sufragadas pela UNITA no seu manifesto eleitoral.

Exigir a um partido como a UNITA, que mande para o lixo da história a conexão da sua vontade explicita de coexistir pacificamente no seio das nações progressistas que compõem o tecido das nações democráticas,

no mínimo, é pedir que a UNITA traia a memória do seu líder fundador, e dos demais dirigente tombados na luta pela pacificação e democratização da nossa pátria.

Os nacionalistas e os homens e mulheres da nossa pátria não aceitam mais esse tipo de extremismo estrábico, totalmente desconectado da realidade objetiva vivenciada em Angola.

Os jovens escolheram o alvo errado, o alvo não pôde ser UNITA, não foi a UNITA que roubou as eleições, não foi a UNITA quem partidarizou o aparelha de estado, não é a UNITA que deseja a guerra, para perpetuar-se no poder. Os angolanos devem sim, caminhar harmoniosamente juntos e de mãos dadas

É importante que os jovens e todos potenciais futuros eleitores não confundam realidades subjetivas com verdades objetivas, nem se deixem sodomizar intelectualmente por uma qualquer malsucedida ereção política precoce. Estamos juntos.

Por Raúl Diniz

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