Ambrósio de Lemos reagia à imprensa à morte destes elementos e ao ferimento grave, também a tiro, de outros dois agentes da Polícia Nacional, no município da Caála, quinta-feira à tarde, por alegados membros da seita religiosa "Sétimo Dia a Luz do Mundo", proibida desde 2014.
Segundo o comandante, estão já a ser tomadas medidas "com bastante seriedade e bastante rigor", garantindo que a polícia não pode permitir que haja desacatos.
"É um desafio à autoridade e nós não podemos permitir isso. Teremos que tomar medidas severas, de contenção, para que o país se mantenha em ordem e tranquilidade", sublinhou Ambrósio de Lemos.
De acordo com o Comandante Geral da Polícia Nacional, vão ser tomadas "medidas muito severas" contra todos os que pretenderem fazer ações de forma ativa ou passiva de aliciamento de pessoas para ajuntamentos de massas, para depois cometem desacatos.
"Alcançamos a paz, não foi para depois virem pessoas fazerem com que essa paz seja perturbada dentro daquilo que é ordem pública, para isso está a polícia e a polícia vai assumir essas responsabilidades, para que nada disso tenha continuidade", frisou.
A morte dos agentes da Polícia Nacional aconteceu em Serra Sumé, a 25 quilómetros da Caála, tendo estes sido surpreendidos por elementos da seita, também conhecida por "Kalupeteca", o nome do seu líder.
Os agentes davam cumprimento a mandados de captura a elementos da referida igreja, emitidos pela Procuradoria-Geral da República da província do Bié, onde também se registaram confrontos recentemente, originando o ferimento igualmente de efetivos da polícia.
Entre outras acusações, a seita será responsável por levar centenas de fiéis para viverem em acampamentos sem condições mínimas e proibindo a frequência da escola pública por parte das crianças ou a sua vacinação.
LUSA