Em declarações à imprensa no final do encontro, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, disse que a República Democrática do Congo (RDCongo) está com dificuldades para realizar as eleições, tendo solicitado apoio à comunidade internacional para a realização do ato.
"Eddy Nkojo foi indicado pela União Africana para ajudar nas divergências existentes entre o atual Governo e os partidos políticos da oposição congolesa, no concernente à realização de eleições, aprazadas inicialmente para novembro de 2016", referiu o chefe da diplomacia angolana.
Segundo Georges Chikoti, "tecnicamente não existem condições para realizar eleições na RDCongo, na referida altura".
O governante angolano defendeu a necessidade de diálogo entre o Governo e a oposição, o que está a ser feito por Eddy Nkojo, mediando o processo de negociação entre as partes.
Georges Chikoti disse que o enviado especial da UA foi pedir ajuda ao Presidente angolano para um desfecho pacífico no impasse que se verifica entre as partes opositoras.
Uma resolução das Nações Unidas, União Africana e União Europeia foi já emitida para apoiar as negociações em curso na RDCongo, salientou o ministro angolano das Relações Exteriores, salientando que a comunidade internacional reconhece que há atrasos e é preciso haver conversações pacíficas, para evitar o reacender de um conflito naquele país da região dos Grandes Lados e vizinho de Angola.
José Eduardo dos Santos é o presidente em exercício, desde janeiro de 2014, da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), devendo por mais dois anos liderar a organização, a pedido dos Estados-membros.
A presidência de Angola tem sido marcada por contactos diplomáticos para a resolução de conflitos na RDCongo, República Centro-Africana, Sudão do Sul e Burundi, para o alcance da estabilidade política e militar na região dos Grandes Lagos.
Lusa