Blinken encontrou-se hoje com Félix Tshisekedi "para o felicitar pela sua reeleição", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.
O secretário de Estado "encorajou-o" a "abordar as preocupações levantadas pelas missões de observação eleitoral, tomando medidas para promover a confiança no processo democrático no futuro".
Segundo Miller, "os dois líderes também discutiram a atual crise no leste da RDCongo e o caminho a seguir para uma solução diplomática".
Félix Tshisekedi, que ganhou as eleições de dezembro, descritas pela oposição como uma "farsa", foi empossado no sábado em Kinshasa para um segundo mandato de cinco anos, num clima político e de segurança tensos.
A eleição presidencial decorreu em simultâneo com as eleições legislativas, provinciais e autárquicas, um escrutínio quádruplo que teve início a 20 de dezembro e que, face a numerosos problemas logísticos, se estendeu por vários dias. Félix Tshisekedi ganhou com mais de 73% dos votos.
Desde então, as acusações de fraude, de batota e de "roubos eleitorais" não cessaram e os receios de violência mantêm-se num país com um passado político turbulento.
Depois de uma trégua durante as eleições, os combates estão de novo a decorrer no Kivu Norte entre o exército e a rebelião M23, apoiada pelo vizinho Ruanda.
Blinken iniciou um périplo por África, que inclui a passagem por Cabo Verde (hoje), a República Democrática do Congo (hoje), a Costa do Marfim (terça-feira), a Nigéria (quarta-feira) e Angola (quinta e sexta-feira), num contexto em que os Estados Unidos procuram marcar posição face a avanços da Rússia e da China no continente.