O kwanza angolano voltou a depreciar-se, face ao euro, pela segunda vez numa semana, acumulando uma perda de 31% nos três meses do regime flutuante cambial, em que as taxas de câmbio são formadas nos leilões de divisas.
O responsável da estratégia comercial da consultora Aon em Portugal considerou hoje à Lusa que o risco político de Angola pode melhorar a médio prazo, mas que o panorama geral bastante negativa ainda se mantém.
O preço para comprar divisas nas ruas de Luanda não sofre alterações há praticamente dois meses, em sentido contrário à contínua depreciação oficial do kwanza angolano, renovando o período de estabilidade mais prolongado desde o início da crise.
As consultoras Mergermarket e Control Risks consideram que Angola está a tornar-se um país mais atrativo para investir, com reformas lançadas, mas alertam que o domínio das empresas públicas permanece um desafio para os investidores.
As casas de câmbio há mais de quatro meses que deixaram de obter divisas através dos leilões semanais realizados pelo Banco Nacional de Angola (BNA), provocando a paralisação das suas actividades.
Angola gastou mais de 1.5 bilhões de euros para manter os preços dos combustíveis artificialmente baixos em todo o ano de 2015, segundo dados recentes do Governo angolano.
O kwanza angolano voltou esta semana a desvalorizar-se, face ao euro, em mais de 1%, acumulando uma perda de 31% nos três meses do regime flutuante cambial, em que as taxas de câmbio são formadas nos leilões de divisas.