A mais recente empresa a anunciar planos para entrar no mercado angolano foi a sul-africana Spar, seguindo o exemplo de grupos do mesmo país, portugueses e brasileiros, afirma a EIU no seu mais recente relatório sobre Angola.
“Juntamente com o crescimento do rendimento disponível e do desenvolvimento da classe média, o mercado de retalho deverá assistir a um crescente afastamento das vias informais”, como mercados e vendedoras de rua, escrevem os analistas britânicos.
O PIB real, sublinha a EIU, tem evoluído positivamente todos os anos desde 1994 e em oito destes anos expandiu-se a taxas com dois dígitos.
Também o perfil etário é “muito prometedor”, uma vez que em 2010 cerca de metade da população tinha menos de 24 anos, proporção que deverá manter-se elevada nos próximos anos, “dando aos retalhistas claras oportunidades de longo prazo para expansão e construção de lealdade de marca”, refere a EIU.
Já no mercado está a sul-africana Shoprite, depois de a brasileira Odebrecht ter sido chamada pelo governo para uma parceria na gestão logística da cadeia estatal Nosso Super.
O governo angolano tem vindo a perseguir uma estratégia de formalização da economia não-petrolífera, em grande medida não regulada, tendo em vista melhorar a qualidade, expandir a concorrência e criar empregos, bem como melhorar as receitas fiscais.
A logística é uma das áreas de maior dificuldade, em particular devido ao congestionamento de portos e estradas, mas a EIU também alerta para problemas gerais de infra-estruturas, burocracia, entre outros.
A EIU prevê para a economia angolana um crescimento acima de 6% ao ano até 2018, atingindo 6,8% em 2013 e 7% em 2015.
O maior impulso para o PIB nos próximos anos deverá vir do consumo público e privado, de acordo com as previsões da EIU.
A produção petrolífera deverá crescer continuamente nos próximos 5 anos e as exportações deverão superar 80 mil milhões de dólares em 2015.
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