A associação dos advogados dos países que fazem parte da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral vai acompanhar em Luanda o julgamento dos 15 ativistas detidos desde junho disse à Lusa fonte organização.
A antiga representante especial da ONU em Angola, Margaret Anstee, avisou hoje que a paz em Angola pode ficar em risco se não forem tomadas medidas para reduzir as disparidades sociais e económicas na população.
Os activistas exigem a libertação dos 15 ´revús´ e um deles chegou a desmaiar.
Doze activistas angolanos foram detidos às 14 horas e 50 minutos desta quarta-feira no Largo Primeiro de Maio em Luanda, quando realizavam uma manifestação a pedir a demissão do Presidente José Eduardo dos Santos e a libertação dos 15 activistas detidos desde 20 de Junho.
O advogado Luís Nascimento, que representa 11 dos ativistas detidos em Luanda desde junho, receia que a mudança do tribunal que vai fazer o julgamento deste caso, a partir de segunda-feira, possa provocar o seu adiamento.
Com a aproximação das festividades dos 40 anos de independência de Angola, na quarta-feira, as autoridades tentam dissimular a miséria em Luanda, recolhendo as crianças de rua e as jogando em orfanatos superlotados.
Rafael Marques considera que o Presidente angolano planeia recandidatar-se, estando a levar a cabo um "massacre para renovar o poder pela via da violência" e a "minar as bases do Estado para uma transição pacífica".
A Aliança Atlântica nunca discutiu qualquer ação militar em Angola, garantiu hoje fonte da organização quando questionada sobre as declarações do embaixador Luvualu de Carvalho, que referiam uma "conspiração" dos ativistas presos no sentido de uma intervenção no país.