Em declarações à imprensa, Francisco Falua sublinhou que “Nandó” foi uma figura central da política angolana nas últimas décadas, com uma trajectória que se confunde com grande parte da história recente do país.
“Ao longo da sua carreira, Fernando da Piedade Dias dos Santos exerceu quase todas as mais altas funções do Estado, à excepção da Presidência da República. Destacam-se os cargos de Primeiro-Ministro, Presidente da Assembleia Nacional e Comandante-Geral da Polícia Nacional”, disse, citado pela Angop.
O dirigente da UNITA endereçou à família enlutada uma mensagem de pesar, salientando que a morte de “Nandó” representa uma perda difícil de colmatar.
Francisco Falua destacou, ainda, o papel do político como “construtor de pontes”, lembrando a sua contribuição para os mecanismos de diálogo e para o processo de consolidação da paz em Angola, no qual desempenhou um papel fundamental.
O responsável elogiou o estilo conciliador do malogrado enquanto conduzia os trabalhos parlamentares como presidente da Assembleia Nacional.
“Fernando da Piedade Dias dos Santos recorria frequentemente à sátira e ao diálogo para promover a harmonia e o respeito no debate político”, observou.
Segundo o porta-voz da UNITA, “Nandó” deixa um legado político marcante e uma memória que permanecerá na história institucional do país.
“Com a sua morte, Angola perde um dos seus filhos mais ilustres. Trata-se de uma perda sentida em todo o país, independentemente das convicções políticas, da condição social ou das crenças religiosas dos cidadãos”, concluiu.
