O líder da Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA) disse hoje os sindicatos não vão aguardar por mais 45 dias para continuar a negociar com o Governo o caderno reivindicativo que foi entregue há seis meses.

O Governo angolano e os parceiros sociais voltam a abordar a proposta de aumento do salário mínimo para 245 mil kwanzas dentro de 45 dias, tempo para o grupo de trabalho fazer os seus estudos, anunciou hoje o executivo.

Há um fosso enorme a separar os salários mais altos da função pública dos mais baixos. Do PR ao auxiliar de limpeza de 2ª classe há uma diferença de 601 mil Kz, isto se não forem contabilizadas mordomias e regalias do cargo, que faz disparar esse fosso, que até já foi muito maior, pois em 2017 era de 32 salários.

A UNITA, partido da oposição, recomendou aumentos salariais e negociações entre o Governo angolano e três centrais sindicais, que ameaçam com uma greve geral por falta de consenso sobre o aumento do salário mínimo.

O Sindicato Nacional dos Professores (Sinprof) Angolanos considerou hoje “um insulto” o anunciado aumento salarial da função pública de 5%, que vê como uma “manobra de distração” que visa desmobilizar uma greve geral que está a ser preparada.