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Domingo, 04 Setembro 2016 08:12

Luaty. "Apanhei três galhetas e um pontapé, não consigo respirar em condições"

Rapper luso-angolano não conseguiu visitar outro activista na prisão. Polícia deu três justificações para não deixar entrar as visitas, antes de algumas agressões.

Oito dos 17 activistas angolanos, entre os quais o luso-angolano Luaty Beirão, vão apresentar queixa por agressão da polícia, alegadamente ocorrida quando foram impedidos de visitar um dos colegas na comarca de Viana, em Luanda.

Em declarações à SIC Notícias, Luaty Beirão referiu que o grupo se deslocou por volta das 10h00 à comarca de Viana, para visitar o activista Francisco Gomes Mapanda, conhecido por "Dago", mas foram abordados pela polícia.

“Para mim é muito difícil descrever qual é a palavra técnica para aquilo que eles nos fizeram. Eram mais de 30 polícias fardados mais alguns à paisana. Recolhem os telefones das pessoas e agrediram-nos na rua", disse.

O rapper conta que "começaram-nos a bater, apanhei três galhetas e um pontapé, não consigo respirar em condições e depois de nos baterem meteram-nos no carro e levaram-nos para uma esquadra e não nos dizem nada". "Estivemos ali em que condição? Detidos? Retidos? Não sei dizer."

Luaty Beirão lembra que "fomos visitar o Dago, é o único dia da semana que o Dago tem direito a visitas”.

O activista disse que tentaram apresentar uma queixa contra os polícias agressores, mas foram aconselhados a fazê-lo na área de inspecção do comando geral da Polícia, para onde se deslocaram dois membros do grupo para abertura de um processo.

Dago Nível encontra-se a cumprir, desde Março, uma pena de oito meses de prisão por ter gritado em tribunal, durante o julgamento do grupo de 17 activistas condenados por actos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores, que o mesmo era "uma palhaçada".

rr

 

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