Em declarações aos jornalistas à margem da 3.ª Cimeira sobre o Financiamento para o Desenvolvimento das Infraestruturas em África, Ricardo Viegas d’Abreu explicou que o plano se enquadra no programa Diversifica, voltado para a diversificação económica e apoiado pelo Banco Mundial, “olhando para a dimensão económica” do corredor.
“Já não estamos a falar de um corredor de infraestruturas, estamos a falar de um corredor de desenvolvimento económico, para tirar proveito das oportunidades de outros setores da economia — agronegócio, indústria, serviços, turismo, educação, etc”, afirmou.
O ministro adiantou que o plano “já está em curso” e que a primeira fase, relativa ao modelo de governação do Corredor do Lobito, já foi concluída.
Explicou ainda que será criado um ‘ente corporativo’ responsável por desenvolver investimentos estratégicos ao longo do corredor, incluindo a criação de zonas francas e zonas económicas especiais destinadas a impulsionar negócios e atrair investimento privado.
“O objetivo é promover a empregabilidade, as exportações e a diversificação económica”, sublinhou o governante.
O ministro acrescentou que, embora o pacote de financiamento da Lobito Atlantic Railway (LAR) — o consórcio que detém a concessão do corredor, composto pela Mota-Engil, Trafigura e Vecturis — ainda não esteja totalmente fechado, o Executivo “está satisfeito” com o progresso alcançado, destacando que os acionistas privados já investiram cerca de 300 milhões de dólares na melhoria das infraestruturas e na aquisição de material circulante.

