Segundo o porta-voz da Empresa Pública de Águas (Epal), a produção está reduzida nas principais estações devido às chuvas, que têm estado a aumentar o nível de turvação.
“Quando isto acontece temos que fazer um processo de tratamento mais cuidadoso, para garantir a saída da água dentro dos padrões de qualidade. Face a esta situação, a produção vai reduzindo, também a distribuição fica afetada”, disse à Lusa Vladimir Bernardo.
No dia 13 deste mês, a Epal informou que devido a ocorrência de fortes chuvas nas captações adstritas às estações de tratamento de água da empresa, localizadas ao longo dos rios Kwanza e Bengo, a água produzida tem chegado aos consumidores com um elevado teor de turvação e alteração da cor.
No comunicado, a Epal referiu ainda que devido à situação, regista-se uma alteração significativa da característica da água bruta, obrigando a empresa a proceder a paralisações intermitentes nos sistemas.
“Podem não ser chuvas verificadas aqui na cidade, mas onde temos as nossas captações, sobretudo quando chove nas outras províncias, as consequências nós vamos sentindo onde temos as nossas captações, no rio Kwanza e ao longo do rio Bengo”, disse Vladimir Bernardo, realçando que esta situação se regista há pelo menos três semanas.
O porta-voz da Epal não conseguiu precisar o número de pessoas afetadas, frisando que os principais sistemas de abastecimento de água, nomeadamente a região de Kikuxi e de Kifangondo, estão afetadas.
“Os centros de distribuição que nós temos, num total de 34, trabalham todos os dias, no fundo há abastecimento de água todos os dias, mas em quantidades reduzidas”, acrescentou.
Muitos munícipes têm sido obrigados a recorrer a camiões-cisterna para encher os tanques devido às limitações no abastecimento.
O responsável salientou que a empresa está a resolver o problema, perspetivando que no fim de semana o abastecimento venha a normalizar em algumas zonas da província.