O porta-voz dos camponeses, Daniel Neto, director-geral da empresa “Konda Marta”, que litiga com as altas patentes da corporação.
A vigília, segundo ele, visa igualmente chamar atenção da Administração Municipal do Talatona e do Governo Provincial de Luanda (GPL), sobre a necessidade de chamar as partes para um possível entendimento entre as camponesas e as forças de defesa e segurança.
“A vigília vai ser realizada no terreno localizado nas proximidades do campus universitários, no Camama, dentro do terreno reivindicado pelas camponesas”, revelou o também Tenente Coronel das Forças Armadas Angolanas (FAA), acrescentando que “não vamos sair do perímetro e será uma manifestação pacífica”.
A concentração que visa condenar, por outro lado, as mortes e torturas supostamente ocorridas no espaço em litígio por alegados agentes da Polícia Nacional, que para os camponeses “sempre agiram a mando de ordens superiores do comandante do Talatona e de Luanda”, vai ser de acordo com a organização, “dominada por momentos de orações, canções e palavras de ordem, em memórias de todas as vítimas das autoridades”.
Silêncio da justiça
As camponesas lamentam que, das várias queixas-crimes apresentadas às autoridades judiciais, nenhuma foi levada a julgamento devido às alegadas influências, que as pessoas visadas gozam junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e da Procuradoria-Geral da República (PGR).
No dias 6 de deste mês, o director-geral da empresa “Konda Marta”, Daniel Neto, foi notificado pelo Departamento de Consultoria e Inquérito da PGR, para que levasse todas as acusações e informações sobre o litígio fundiário que dura há anos na zona do “11 de Novembro”, em Luanda.
A audição a Daniel Neto resultou da queixa-crime apresentada pela Sociedade Konda Marta contra o antigo comandante da Polícia Nacional do Talatona, subcomissário Joaquim do Rosário, Tenente General, Rui Duarte, comandante da Região Militar de Luanda e o agente Sebastião Manuel António.