O BE, em comunicado a que a Lusa teve hoje acesso, refere que está a “cumprir com sucesso” o plano, aprovado pelo banco central angolano, com o objetivo de conferir-lhe “maior sustentabilidade” e “superar desafios históricos que ainda vêm afetando o seu balanço”.
Segundo a comissão executiva do banco angolano, que tem sido recapitalizado pelo Estado, a racionalização de custos está entre as medidas do plano da reestruturação, por isso iniciou um “processo de redimensionamento”.
A dispensa de colaboradores, “por ele impactados, sempre no estrito cumprimento da lei”, consta do processo, indica a instituição bancária, sem referir números.
O semanário angolano Novo Jornal avançou que serão despedidos 70 trabalhadores e encerradas 12 agências até maio.
Para minimizar o impacto desta medida, salienta, o banco “está a assegurar que esses colaboradores recebam uma indemnização superior à prevista na lei e beneficiem de vantagens adicionais relevantes”.
“Não obstante a reestruturação em curso, que tem sido acompanhada assiduamente pelo supervisor, não está em causa a posição dos depositantes ou a continuidade das operações do banco, as quais neste momento decorrem normalmente”, salienta-se na nota.
O Banco Económico “reafirma o seu compromisso” de continuar a “servir fielmente” os seus clientes e “proteger a estabilidade no emprego”, garantindo sempre a prestação de um serviço de excelência e a segurança dos depósitos que lhe são confiados.
Entretanto, o jornal económico Expansão noticiou hoje que o presidente-executivo do BE, Carlos Duarte, está de saída, menos de seis meses após a sua nomeação, em rota de colisão “com as opções dos acionistas para a recuperação do banco”.