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Sábado, 29 Janeiro 2022 12:42

Trabalhadores da Refinaria de Luanda na ZEE denunciam contínuos maltratos por chineses

Os trabalhadores da refinaria de Luanda, a ser erguida na Zona Económica Especial (ZEE), denunciam que continuam a ser maltratados por cidadãos estrangeiros, seus chefes, uma situação do conhecimento das autoridades competentes.

Em exclusivo para Angola24horas, os denunciantes avançaram que precisam de ajuda, por causa de um problema, senão uma situação que já se arrasta há algum tempo e que quase teve uma vítima mortal.

De acordo com os esclarecimentos dos trabalhadores, o projecto de expansão da refinaria de Luanda está a ser construída pela vencedora do concurso, no caso a companhia petrolífera italiana Eni que por sua vez contratou a empresa italiana, denominada KT.

"Mas para começar o problema a KT foi obrigada pelos senhores ordens superiores, a subcontratar uma empresa chinesa (TCC)", denunciam.

Detalham então que, na ocasião, a TCC contratou duas agências de trabalho que nunca antes existiram em Angola, porque os dois alegados sortudos tinham lojas de material de uso doméstico na cidade da China, município de Viana.

No entanto, segundo acrescentam, as duas agências subcontratadas pela TCC é que têm até então a responsabilidade de contratar os cidadãos angolanos.

"Ate aqui já roulou muita brincadeira.

Que o certo seria a KT que contrataria a mão de obra nacional, de forma simples sem este rodeio que se fez ali, porque os chineses contratados nem são profissionais na área. Vamos deixar isto para outro forum", segundo explicaram.

Os trabalhadores da refinaria, ressaltaram que as duas agências contratadas, dividiram-se porque cada uma defende interesse de um chinês, sendo por isso que a agência do Benfica foi atribuída a um angolano que defende os interece de chefe chinês que trabalha dentro da refinaria.

Já a agência de Viana está ao cargo da cidadã de nome Linda uma chinesa que defende os interesses do considerado "todo poderoso: yang Lee, cuja agência tem os maiores problemas em relação a outra.

Os trabalhadores da agência de Viana têm um salário mínimo de 30.000kz, sem alimentação, de tanta fome que passam eles na hora do almoço ficam aguardando enquanto os chineses comem, para se a possarem dos restos de comida dos chineses", contam, acrescentando que tudo isto acontece dentro da refiria de Luanda e que alguns chineses cospem nos pratos e fazem vídeos para enviarem na China.

Em finais de 2021, lembram, teve um problema entre um angolano e um chinês, sendo que o chinês bateu no angolano primeiro e de seguida o angolano bateu no chinês até que este foi parar no hospital.

Conforme a denúncia, a partir deste dia os animos ficaram muito tenso dos dois lados, facto que obrigou a sonangol a ser chamada a intervir pelo menos duas vezes, até que num sábado, os chinesês aproventando-se do facto de os angolanos estarem em número reduzido, agrediram a pauladas e ferros os trabalhadores, cujos vídeos circularam nas redes socias.

Para este informativo, os trabalhadores denunciaram que estes maltratos continuam a acontecer em pleno centro da cidade Luanda, não sendo possível entender o silêncio das autoridades competentes, uma vez que dominam o assunto.

"Todos têm conhecimento porque para parar a revolta dos chinesês teve que ter intervenção da UGP. Um angolano ficou em coma e foi surrado com ferros e paus. Os chineses voltaram a trabalhar normalmente.
Ainda veio um homem da sonangol intimidar os angolanos com muita arrogância que nos doeu alma", declararam.

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