Sociólogo considera os últimos episódios envolvendo a Polícia como um problema de Estado que, com o fim da guerra, privilegiou o betão em detrimento do capital humano
Tudo aconteceu por volta das 21 horas de Sexta-feira, 11, quando Joaquina dos Santos (nome fictício) saiu à rua para comprar dragão a pedido dos pais na companhia de mais um adolescente, seu vizinho.
Num dos becos do bairro Catinton, os adolescentes foram interpelados por dois agentes armados. O rapaz conseguiu fugir dos supostos homens da farda azul, mas Joaquina não teve a mesma sorte porque um dos supostos violadores disse que faria disparo caso ela desse mais um passo.
Inicialmente julgou que se tratasse do problema do não uso da máscara já que sua estava colocada a baixo do queixo, mas, para o seu espanto, o agente ordenou-lhe apenas que se calasse e obedecesse tudo “senão quiseres morrer”, o que a adolescente afirma ter cumprido por medo. “Mandou-me tirar o biquíni e levantar a saia. Enquanto ele me violava o outro controlava na ponta do beco se não estava passar ninguém ”, disse Joaquina com lágrimas nos olhos. OPAIS