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Quinta, 30 Abril 2020 13:53

Covid-19: Gestores de órgãos de comunicação angolanos alertam para possíveis despedimentos

 Maria Luísa Fançony Maria Luísa Fançony

Gestores de órgãos de comunicação social privados angolanos referiram hoje que um apoio institucional pode “travar despedimentos e encerramento de empresas", após um encontro com o ministro do setor.

"Acho que é um princípio e estamos expectantes de resultados, no fundo o apoio (financeiro) que solicitamos é no cumprimento da Lei de Imprensa, foi dentro desse espírito", afirmou hoje à Lusa a diretora da rádio Luanda Antena Comercial (LAC), Maria Luísa Fançony, no final de encontro.

Segundo a mesma fonte, o encontro com o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, "foi importante e necessário".

O ministro angolano, o Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) e os gestores dos órgãos privados abordaram hoje as dificuldades de tesouraria do setor.

Manutenção dos empregos e do funcionamento dos órgãos privados, com dificuldades para pagar salários, sobretudo nos últimos meses, devido à queda do pacote publicitário por conta da pandemia, são as principais preocupações dos jornalistas.

A diretora da LAC realçou que saiu do encontro "crente em dias melhores" para o setor, porque, frisou, "realmente a situação não é nada boa e se não houver esse apoio institucional, haverá despedimentos".

"E eventualmente algum órgão poderá fechar e isso não é bom para a nossa democracia", notou.

Por seu lado, o presidente do conselho de administração da televisão angolana TVZimbo, Guilherme Galiano, também aplaudiu o encontro, referindo que apesar do período difícil, os gestores do setor também querer fazer "parte integrante na ajuda à resolução dos problemas".

"Estamos a bater-nos por isso, todos nós queremos dias melhores, não só para a comunicação, mas para a nossa terra", disse.

Angola está em período de estado de emergência, que se estende até 10 de maio.

O país conta já com 27 casos confirmados da covid-19, entre os quais 18 casos ativos, dois óbitos e sete recuperados.

O número de mortes provocadas pela covid-19 em África subiu para 1.589 nas últimas horas, com quase 37 mil casos da doença registados em 52 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 227 mil mortos e infetou quase 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Cerca de 908 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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