A lista A, que já havia denunciado falta de transparência na gestão da direcção cessante, viu o bastonário da OAA anuir o pedido de impugnação do acto eleitoral, assente na participação de advogados com três meses de quotas em atraso.
O jurista Hipólito Capingala, mandatário da lista que impugnou as eleições, diz que existem outras falhas, mas prefere destacar o que chama de «clara violação» dos estatutos da OAA.
‘’Só podem fazer parte dos cadernos eleitorais os advogados com capacidade eleitoral activa. Ao incluírem mais de cem com dívidas avultadas e ao permitirem que fizessem o pagamento no dia do voto… é uma grave violação dos regulamentos e dos nossos estatutos. Somos advogados, podemos ir a tribunal’’, promete o mandatário.
À espera de um novo acto eleitoral, a lista do candidato Waldemar Tadeu obteve 75 votos, contra 153 dos seus opositores, liderados por Waldino Sima, que não pôde tomar posse.
O presidente cessante ainda não reagiu à impugnação, mas antes das eleições foi confrontado com a problemática da quotização no Conselho Provincial, que controla cerca de 250 associados.
‘’A cultura de pagamentos de quotas é um assunto que nós resolvemos em assembleia. Temos mecanismos para avaliar todos os problemas internos em sede própria’’, comenta Sima.
Com o mandato suspenso, o Conselho Provincial está a ser gerido pela Comissão Eleitoral, que fica à espera da última posição do bastonário, que passará pela validação do acto ou pela marcação de um novo. VOA