A direcção do MPLA ainda não decidiu sobre a realização de um congresso extraordinário, tendo em vista o anúncio do líder do partido, José Eduardo dos Santos, de abandonar a vida política activa no próximo ano.
A recuperação económica e a diversificação da economia, entre a continuada crise petrolífera, voltam a centrar, em 2018, as previsões para Angola, agora governada por João Lourenço, perante a dúvida da continuidade de José Eduardo dos Santos na liderança do MPLA.
Pouco mais do que estáticas, as exonerações e nomeações que João Lourenço acaba de fazer estão longe das expectativas da sociedade.. Mas é no judiciário que, pelos vistos, a porca torce o rabo, dando azo a todo tipo de reticências.
O combate à criminalidade, com realce aos crimes de colarinho branco, ao branqueamento de capitais, à corrupção e ao nepotismo, estão entre as prioridades da Procuradoria-Geral da República (PGR), numa meta a ser alcançada a médio e curto prazos.
O Presidente de Angola disse hoje em Luanda que os angolanos clamam cada vez mais por uma maior intervenção dos diferentes órgãos de justiça no combate a todo o tipo de crime, incluindo os de "colarinho branco".
A crescente onda de aceitação da limitação de mandatos presidenciais em África, sobretudo na subsaariana, tem permitido reforçar algumas democracias no continente, onde existem, porém, algumas inevitáveis exceções, em que o caminho é precisamente o oposto.
O secretário para a Informação e Propaganda do Bureau Político do MPLA rejeitou hoje a existência de divisões no partido, no poder em Angola, que "cada vez mais se democratiza", com o "sentido da crítica e autocrítica".