A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou hoje, em Luanda, a morte dos cidadãos Alves Camulingue e Isaías Cassule, ocorridas nos dias 27 e 29 do mês de Maio de 2012, vítimas de homicídios, confessados pelos presumíveis autores.
O artigo 41º da Constituição da República de Angola (CRA) intitulado (Liberdade de consciência, de religião e de culto) diz, nos seus quatro parágrafos, que:
O MPLA, partido no poder em Angola, lamentou hoje em Luanda o "comportamento irresponsável e sem escrúpulos" de partidos da oposição angolana, que nos últimos dias "arrastou incautos cidadãos para a confrontação com as autoridades públicas".
Luanda viveu momentos de agitação política, no último Sábado, 23, durante a tentativa de manifestação pacífica convocada pela UNITA, em todo o país, para protestar contra as (presumíveis) mortes dos cidadãos Alves Kamulingue e Isaías Cassule, desaparecidos em Maio do ano passado. A Polícia Nacional (PN) não permitiu que esta força política realizasse a sua actividade.
O novo Chefe dos Serviços de Inteligência e Segurança do Estado, Eduardo Filomeno Barber Leiro Octávio, foi hoje empossado numa cerimónia orientada pelo vice-presidente, Manuel Domingos Vicente.
O Grupo Parlamentar do MPLA recomendou nesta quinta-feira, em Luanda, que as entidades políticas do país, sobretudo a oposição, trabalhem para manter e aprofundar o diálogo, respeitando as regras do Estado democrático e de direito, no sentido de permitir às instituições o seu pleno funcionamento.
O advogado do jornalista angolano Rafael Marques vai pedir, "entre hoje e segunda-feira", ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), a abertura de instrução do processo que envolve o vice-presidente angolano Manuel Vicente.
O voto apresentado pelo Bloco de Esquerda, que condenava os assassinatos dos ativistas Alves Kamulingue, Isaías Cassule e Manuel "Ganga" e pedia a libertação dos presos políticos em Angola foi chumbado pelas bancadas do PSD, PS, CDS, PCP e Verdes. Seis deputados socialistas votaram a favor da condenação e outros oito abstiveram-se. Um deputado do PSD pediu para registar em ata que saiu da sala no momento da votação.
Questionado sobre se o Presidente estava a ser submetido a tratamento para cancro, o chefe da diplomacia angolano Georges Chicoty disse: "Não tenho nada a dizer, porque não é verdade".
Os últimos desenvolvimentos, da situação política em Angola, que se traduziram na sua autentica deteriorizacao, em virtude da casmurrice, da ala dos bucais do MPLA, em continuarem com os métodos, da era de Constantin Chernenko, ignorando completamente, o facto de que em Angola, o comunismo nunca vai regressar, só demonstra que este grupo minoritário, do partido dos camaradas, deseja de facto desesperadamente, regresso da guerra em Angola.