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Quinta, 19 Mai 2016 14:15

"Adalberto da Costa Júnior tem muito pouco o que falar sobre Angola"

Qualificando de "infundadas" as críticas do presidente da bancada parlamentar da UNITA, de que nos últimos 11 anos o Governo gastou 19 mil milhões de dólares na construção ou reparação de estradas "de má qualidade" e "descartáveis", Higino Carneiro acusou a oposição de desconhecer a realidade nacional e de só estar focada em denegrir o Executivo.

Para o governador de Luanda, existe uma leitura "simples" a fazer das declarações proferidas recentemente pelo presidente da bancada parlamentar da UNITA, Adalberto da Costa Júnior.

"Adalberto viveu no estrangeiro, fugiu daqui de Angola há muitos anos. Lembro-me que o conheci em Itália, quando fui discutir no Parlamento italiano um financiamento para a digitalização das comunicações do Kwanza-Sul. Ele estava lá a procurar impedir esse desenvolvimento", acusou Higino Carneiro, em entrevista à Rádio Nacional.

Tendo este historial presente, o general considera que Adalberto da Costa Júnior "tem muito pouco o que falar sobre Angola", acrescentando que o político da UNITA "não sabe quanto custa um quilómetro de estrada" no país.

Segundo Higino Carneiro, que desvaloriza "completamente" as críticas de má gestão apontadas pelo presidente da bancada parlamentar da UNITA, "o nosso quilómetro de estrada varia entre 500 e 800 mil dólares", muito abaixo dos custos de outros países.

"Na Europa, onde ele [Adalberto da Costa Júnior] viveu, custa 5 milhões de euros o quilómetro", reforçou o ex-ministro das Obras Públicas, sugerindo que as contas apresentadas pela UNITA assentam noutras realidades.

"Se fôssemos praticar o que realmente são os custos reais para fazer obras de grande envergadura e de maior durabilidade, não tínhamos orçamento", reforçou o governante.

Para além de acusar a oposição de desconhecer a realidade de Angola, Higino Carneiro resumiu as alegações de Adalberto da Costa Júnior à necessidade de ganhar visibilidade.

"Está mais preocupado em fazer propaganda eleitoral porque precisa de ganhar espaço", frisou o governador, trazendo outro episódio para a discussão.

"Enquanto o Governo estava preocupado em impedir que houvesse mortes, ele estava a contar quantos morreram para ir fazer propaganda contra o Governo", lamentou.

© Novo Jornal

 

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